Tolerância zero ou eficácia nula? Políticas públicas e regulamentos desportivos para combater o match-fixing

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Cima, César
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Moriconi, Marcelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.7458/SPP20229924225
Resumo: Com recurso a entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo, este artigo avalia e expõe a ineficácia da política de “tolerância zero” da UEFA, órgão máximo do futebol europeu, em induzir compliance nos jogadores de futebol, em Portugal, ao nível das práticas de match-fixing. A ênfase excessiva na ética individual, a externalização do fenómeno como um problema do crime organizado e a relutância em admitir falhas de governança interna são as principais razões explicativas. O artigo afirma que a regulamentação do futebol deve passar de uma lógica de compliance para políticas de enforcement.
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spelling Tolerância zero ou eficácia nula? Políticas públicas e regulamentos desportivos para combater o match-fixing¿Tolerancia cero o eficacia nula? Políticas públicas y normativa deportiva para combatir el match-fixingTolérance zéro ou efficacité zéro? Politiques publiques et règlements sportifs pour lutter contre les matchs truquésTolerância zero ou eficácia nula? Políticas públicas e regulamentos desportivos para combater o match-fixingArtigosCom recurso a entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo, este artigo avalia e expõe a ineficácia da política de “tolerância zero” da UEFA, órgão máximo do futebol europeu, em induzir compliance nos jogadores de futebol, em Portugal, ao nível das práticas de match-fixing. A ênfase excessiva na ética individual, a externalização do fenómeno como um problema do crime organizado e a relutância em admitir falhas de governança interna são as principais razões explicativas. O artigo afirma que a regulamentação do futebol deve passar de uma lógica de compliance para políticas de enforcement.Through semi-structured interviews and documentary analysis this article assesses and exposes how the “zero tolerance” policy implemented by UEFA, the European football’s governing body, is inefficient in inducing compliance in football players, at the level of match-fixing practices. The excessive emphasis on individual ethical, the externalization of the phenomenon as an organized crime problem and the reluctance to admit internal governance failures are the main explanatory reasons. The article claims that football regulation should move from a logic of compliance to enforcement politics.A partir de entrevistas semiestructuradas y análisis de contenido, este trabajo evalúa y expone la ineficacia de la política de “tolerancia cero” implementada por la UEFA, máxima entidad reguladora del fútbol europeo. En el caso portugués, esta política fracasa en inducir compliance por parte de los jugadores de fútbol a la hora de evitar el match-fixing. Las principales razones de este fracaso son el excesivo énfasis en la ética individual, la comprensión del fenómeno como una cuestión surgida a nivel externo y materializada por la infiltración del crimen organizado, y la renuencia a admitir fallas de gobernanza interna. El artículo afirma que la regulación del futbol debe pasar de una lógica de compliance para políticas de enforcement.À partir d’entretiens semi-directifs et de l’analyse de contenus, cet article évalue et expose l’inefficacité de la politique de « tolérance zéro » de l’UEFA, en imposant des règles de conformité aux joueurs de football, au Portugal, en ce qui concerne les matchs truqués. L’insistance excessive sur l’éthique individuelle, l’externalisation du phénomène comme un problème de crime organisé  et la réticence à admettre les défaillances de la gouvernance interne en sont les principales explications. L’article affirme que la réglementation du football doit passer d’une logique de contrôle de conformité à des politiques de répression.Mundos Sociais, CIES-IUL, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)2022-05-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.7458/SPP20229924225por2182-79070873-6529de Cima, CésarMoriconi, Marceloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-28T12:16:33Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/24225Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:46:41.542858Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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