Estudo TRomboEmbolismo Venoso pós‐Operatório (TREVO) – risco e mortalidade por especialidade cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, C
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Pereira, LG, Moreto, A, Sá, AC, Azevedo, A
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/111912
Resumo: Introdução e objetivos: O tromboembolismo venoso, cujo risco está aumentado no doente cirúrgico, é uma causa evitável de morbimortalidade. O objetivo primário deste estudo foi estimar o risco de tromboembolismo venoso sintomático pós‐operatório global e por especialidade cirúrgica, num hospital terciário. Secundariamente, foram analisadas a gravidade e mortalidade dos eventos tromboembólicos. Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo para a identificação de casos de tromboembolismo venoso pós‐operatório intra‐hospitalar, codificados pela Classificação Internacional de Doenças – 9.ª revisão, pelos critérios da Joint Commission International. Foram incluídos episódios de internamento de doentes adultos, operados, no período 2008‐2012. Resultados: Em 67 635 episódios de internamento com cirurgia identificaram‐se 90 casos de tromboembolismo venoso pós‐operatório (mediana de idades: 59 anos), correspondendo a um risco de 1,33/1000 episódios (intervalo de confiança a 95% [IC95%], 1,1‐1,6/1000). A neurocirurgia apresentou maior risco (4,07/1000), seguida pela urologia e pela cirurgia geral p < 0,001. Houve 50 episódios de embolia pulmonar, dos quais 11 foram fatais. Dos 90 casos, 12,2% decorreram sob anestesia do neuro‐eixo e 55,1% em doentes em estado físico ASA III. Foi administrada dose profilática de anticoagulante injetável no pós‐operatório a, pelo menos, 37,7% dos doentes. O risco decresceu de 2008 até 2012. A mortalidade associada aos eventos de tromboembolismo venoso durante o internamento foi 21,1% (IC95%, 13,6‐30,4). Conclusões: O risco de tromboembolismo venoso sintomático pós‐operatório foi de 1,33/1000. A neurocirurgia apresentou maior risco. A mortalidade foi de 21,1%.
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