Trajetórias Relacionais e Reprodutivas Conducentes à Gravidez na Adolescência: a Realidade Nacional e Regional Portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Raquel
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Pereira, Joana, Pedrosa, Anabela Araújo, Bombas, Teresa, Vilar, Duarte, Vicente, Lisa, Canavarro, Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/109348
https://doi.org/10.20344/amp.4902
Resumo: Introdução: Este estudo pretendeu caracterizar as trajetórias relacionais e reprodutivas conducentes à gravidez na adolescência em Portugal, explorando a existência de especificidades regionais. Material e Métodos: O estudo decorreu entre 2008 e 2013 em 42 serviços de saúde públicos. A amostra, nacionalmente representativa, incluiu 459 grávidas com idades entre os 12 e os 19 anos. Os dados foram obtidos por autorrelato, através de uma ficha de caracterização construída para o efeito. Resultados: Independentemente de terem tido um (59,91%) ou múltiplos parceiros sexuais (40,09%), as adolescentes engravidaram de forma mais frequente numa relação de namoro, utilizando contraceção à data da conceção e tendo identificado a falha contracetiva que esteve na origem da gravidez (39,22%). A nível regional, outras trajetórias surgiram com elevada prevalência, refletindo opções como a decisão de engravidar (Alentejo/Açores), a não utilização de contraceção (Centro/Madeira) ou a sua utilização ineficaz sem que a falha contracetiva fosse identificada (Madeira). As relações de namoro revelaram-se maioritariamente duradouras (> 19 meses), com homens mais velhos (> 4 anos) e fora do sistema de ensino (75,16%); estes resultados foram particularmente expressivos quando a gravidez foi planeada. Discussão: O conhecimento gerado por este estudo reflete a necessidade de investir em abordagens preventivas que atendam às necessidades específicas das jovens de cada região e integrem a população masculina de maior risco. Conclusão: Os nossos resultados podem contribuir para o delineamento de políticas de saúde mais eficazes e para uma atuação multidisciplinar mais informada ao nível da educação sexual e do planeamento familiar nas diferentes regiões do país.
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