Monitorização da dinâmica de agueiros com base em vídeo-monitorização: aplicação à Praia de Mira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Marta Raquel de Abreu
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33867
Resumo: A Praia de Mira, muito frequentada na época balnear, apresenta com frequência formação de agueiros, sendo este um fenómeno de alto risco para os banhistas, em particular. Deste modo, foi objetivo deste trabalho analisar e caracterizar a dinâmica dos agueiros nesta praia, com recurso aos produtos de imagem (timex e variância) de duas câmaras de vídeo (uma apontada a Norte e outra a Sul), instaladas no topo de uma estrutura com cerca de 30 m de altura montada para o efeito. Para cada imagem disponível foi marcado o ponto médio de cada agueiro identificado. Tendo em conta as coordenadas dos agueiros, os mesmos foram agrupados em 9 zonas distintas, distinguindo-se 4 zonas em Mira Norte e 5 em Mira Sul. Nos períodos de análise estabelecidos, todos os conjuntos apresentaram uma elevada variabilidade longitudinal, podendo indicar que os agueiros deveriam ter sido repartidos por mais zonas. Tendo em conta as características oceanográficas e geomorfológicas da zona, e a distribuição dos agueiros, a maioria poderá ser incluída na categoria de agueiro de canal, não excluindo a ocorrência pontual de agueiros instantâneos. Os agueiros apresentaram maiores variações entre os meses de Inverno e Verão, o que pode representar o facto destas estações apresentarem as condições de agitação marítima mais distintas, com impacto nas morfologias submersas. A presença de uma barra submersa pode impactar de forma significativa os locais de geração dos agueiros, e o seu espaçamento, sendo a sua influência mais visível na análise mensal dos agueiros. Supõe-se que a variabilidade morfológica desta forma de fundo resultou em variações significativas em diferentes meses do ano. Contudo, tendo em conta o panorama geral de distribuição das posições médias mensais, puderam distinguir-se áreas de aglomeração, onde a ocorrência de agueiros é mais provável. Futuramente, um sistema automático de deteção de agueiros e uma aplicação móvel, onde fosse atualizada, diariamente, a informação relativa à localização dos agueiros, seria uma mais valia para a segurança balnear.
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