De vazios urbanos a usos temporários: A linha tênue do abandono: Um estudo sobre o Panorâmico de Monsanto

• Autor(a) principal: Achiame, Juliana Monnerat
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/28060
• topic: Encolhimento urbano; Vazios urbanos; Entre-usos; Usos temporários; Desenvolvimento urbano -- Urban development; Urban shrinkage; Urban voids; Between uses; Temporary uses

Esta dissertação procura discutir conceitos e práticas relacionadas às intervenções em áreas abandonadas, assim como a transformação de seus usos, através da abordagem de diferentes conceitos associados à requalificação urbana tais como: renovação, revitalização, regeneração e reabilitação urbanas; vazios urbanos, entre usos, usos temporários, flexibilidade espacial arquitetônica entre outros. Para compreender melhor a problemática abordada foi analisada um caso de estudo, o Panorâmico de Monsanto, originalmente criado para ser um restaurante que não demorou a ser fechado e assim permaneceu por longos períodos. Em pouco tempo o seu uso sofreu fortes transformações, passando de “a promessa de Lisboa” para um “ovni perdido”. o Panorâmico de Monsanto não manteve nenhum de seus usos por mais de 3 anos consecutivos tendo sido completamente abandonado e ao descaso, sofreu várias transformações decorrentes da falta de planejamento prévio, sucedendo-se diversas mudanças em seu uso, fazendo com que o edifício se enquadrasse naquilo a que alguns autores designam de “entre usos” e “usos temporários” e que transformaram a realidade espacial da área. Foi então em setembro de 2020, no período “pós-pandemia” em que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu, depois de ter mantido o espaço fechado por meses de lockdown, inaugurá-lo como Galeria de Arte Urbana de Lisboa. Neste sentido, com este trabalho pretendeu-se analisar a sua volubilidade em relação a seus usos, de modo a entender o miradouro como um corpo mutável, de usos flexíveis, sem abster de sua estabilidade arquitetônica.