Representações sociais de professores sobre o uso racional de medicamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães,Alexandra
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Lunet,Nuno, Silva,Susana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000400001
Resumo: Perante a constatação do uso indevido de medicamentos, prejudicando a saúde das pessoas e desperdiçando recursos, e a escassez de políticas básicas neste domínio, desde 2001 que a Organização Mundial de Saúde sugere um investimento na educação para a saúde para promover o uso racional de medicamentos. O objetivo deste estudo foi conhecer as representações sociais de professores sobre o uso racional de medicamentos. Realizaram-se 15 entrevistas semiestruturadas a docentes com responsabilidades na educação para a saúde no Porto, Portugal, entre janeiro e maio de 2012. Indagaram-se os significados atribuídos ao uso racional de medicamentos e os conhecimentos e atitudes acerca de medicamentos genéricos, medicamentos não sujeitos a receita médica e medicamentos adquiridos através da internet, atendendo às especificidades quanto à segurança, efetividade e facilidade de acesso. Procedeu-se a uma análise de conteúdo temática, registando-se a frequência de respostas semelhantes e os excertos mais ilustrativos. Identificaram-se lacunas em conhecimentos específicos sobre o uso racional de medicamentos e relatos heterogéneos acerca da mediação profissional e da adesão à terapêutica. Predominaram referências a experiências pessoais, baseadas em conhecimentos obtidos empiricamente, rareando as menções ao funcionamento e regulação do setor do medicamento. Conhecer o medicamento e a doença foram reconhecidos como condições necessárias para um uso racional, obstaculizado pelo acesso fácil a medicamentos, a disponibilidade de produtos com segurança e eficácia questionáveis, a automedicação e falta de disponibilidade do doente para consultar especialistas. A educação para a saúde foi considerada essencial para otimizar o uso racional de medicamentos.
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