Comunicação de más notícias : a realidade médica portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Rosa Patrícia Neves Moura
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/80921
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em medicina área cientifica de Psiquiatria, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Comunicação de más notícias : a realidade médica portuguesaRelações médico-doenteÉtica médicaTrabalho final de mestrado integrado em medicina área cientifica de Psiquiatria, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: Uma boa comunicação médico-doente é fundamental para uma prática clínica de excelência, sendo uma aptidão susceptível de ser aprendida e melhorada, com ganhos para doentes e médicos. Um aspecto delicado da comunicação médico-doente é a comunicação de más notícias, que é uma tarefa frequente na actividade clínica e uma fonte de stress para ambos os intervenientes. No sentido em que a preparação formal dos clínicos para estas situações é escassa, têm surgido nos últimos anos várias guidelines e propostas de modelos de ensino, com aparentes resultados favoráveis, cujo intuito é melhorar a actuação do clínico. Objectivos: Os objectivos deste trabalho são perceber a realidade portuguesa no que respeita à formação académica do médico relativamente à comunicação de más notícias, conhecer a opinião dos jovens médicos portugueses sobre a importância deste assunto e obter um feedback das suas experiências e do possível impacto das mesmas na sua vida pessoal. Metodologia: Foi elaborado um inquérito com questões pertinentes sobre o assunto, dirigido aos médicos internos das diversas especialidades existentes nos Hospitais da Universidade de Coimbra, cujos dados foram posteriormente tratados estatisticamente. Resultados: O tema comunicação de más notícias foi abordado na formação académica de 53% dos inquiridos mas destes, 81,5% consideram que foi de forma insuficiente e 42% que foi de pouca ou nenhuma ajuda prática. A maioria dos internos considera que este é um assunto importante e que deve ser abordado, quer na licenciatura, quer na especialidade. Quase todos já comunicaram uma má notícia, sendo que o fazem com alguma frequência e a sua primeira experiência ocorreu em 92,8% dos casos no primeiro ano de actividade profissional. Com a prática sentem-se melhor preparados e experimentam menos ansiedade e aflição, e simultaneamente mais tranquilidade e confiança, existindo algumas diferenças entre os sexos. 39,6% já sentiram a sua vida pessoal afectada, em especial por alteração do humor e ansiedade. Conclusões: A comunicação de más notícias é um assunto importante e com o qual o médico também sofre, mas que não está a receber o devido valor nas escolas médicas portuguesas. Esta matéria deve fazer parte da formação médica, preferencialmente em ambas as fases de ensino (pré e pós-graduada), existindo vários modelos de ensino com bons resultados pelos quais as faculdades e hospitais podem optarIntroduction: A good doctor-patient communication is essential to a high-quality clinical practice and is a skill likely to be learned and improved, with benefits for patients and physicians. A sensitive issue of doctor-patient communication is the communication of bad news, which is a common task in clinical activity and a source of stress for both interlocutors. Since doctors formal instruction for these situations is little, in recent years several guidelines and strategies for teaching breaking bad news have rised, evidencing fine results and aiming to improve clinicians performance. Objectives: The goals of this study are to perceive the situation in Portugal regarding medical training in this field, to know the opinions of young Portuguese doctors about the importance of the issue and to get feedback from their experiences and the impact on their personal life. Methods: A survey was created with relevant questions on the subject and aimed at junior doctors of the diverse specialties existing in Coimbra’s University Hospitals. Data were statistically analyzed. Results: Breaking bad news has been talked about in the academical training of 53% of the respondents but of these, 81.5% considered it insufficient and 42% of little if any practical help. Most junior doctors believe this is an important issue and that it should be talked about, either during medical education or during specialty (residency). Almost all reported having already broken bad news, which is done frequently and, moreover, their first experience took place in 92.8% of cases in the first year of work. As they become more experienced they feel better prepared and go through less anxiety and distress, while more calm and confidence, though there are some differences involving gender. 39.6% have felt his personal life affected, particularly through changing in the mood and anxiety Conclusions: Breaking bad news is an important issue and whereby doctors also suffer, nevertheless it is not receiving due consideration in Portuguese medical schools. This subject should be part of medical training, preferably in its both phases (pre- and post-graduate), as there are several valuable teaching strategies which universities and hospitals may choose2010-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/80921http://hdl.handle.net/10316/80921porCarvalho, Rosa Patrícia Neves Mourainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/80921Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:09.934759Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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