Contributo para a Interpretação do Fundamentalismo Islâmico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/1660 |
Resumo: | Apresentada a génese do conceito de fundamentalismo, a evolução desse fenómeno e o quadro conceptual das respectivas referências bíblicas, descreve-se o fundamentalismo islâmico e, com intenção comparativa, o entendimento que cristãos e muçulmanos fazem dos respectivos livros sagrados. O fundamentalismo está na moda, no sentido de ser um fenómeno que se observa em todo o mundo, fenómeno de configuração principalmente, embora não exclusivamente, religiosa. Na noção fundamentalismo entram variadas e, sobretudo, difusas atitudes de matriz política, social e religiosa, mas a sua marca distintiva é o acentuar de um ponto de vista tido como verdade absoluta e da negação, acoplada com aquele, de princípios da modernidade, tais como pluralismo, tolerância, relativismo e secularização. O termo serve para qualificar seitas bíblicas, o Islão xiita dos ayatolahs, o reaganismo de recente memória ... Em sentido amplo designa as várias formas de conservadorismo religioso ou sociopolítico, que se fazem acompanhar de rigorismos no campo moral, da nostalgia de uma inocência perdida e de integrismo desconfiado da mais simples novidade que seja. O conceito tem, em regra, registos' pejorativos, a sugerir a ideia de estreiteza de espírito, de fanatismo, de obscurantismo, de dureza espiritual, e, assim sendo, ninguém gosta de se ver apontado como fundamentalista; aliás, o termo condena mais do que qualifica. |
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