Atividade física materna durante a gravidez e o controlo postural da criança associado ao gesto de alcance

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Ana Alexandra Moura
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11481
Resumo: Introdução: Verificam-se associações positivas relacionadas com a prática de atividade física (AF) materna durante a gravidez nos outcomes do recém-nascido, todavia, as repercussões desta prática nos outcomes a médio e longo prazo na criança, não são claras. Sendo o input sensorial importante para o desenvolvimento fetal poderá questionar-se a influência dos diferentes estímulos provenientes da prática de AF no controlo postural (CP) da criança. Objetivo(s): Avaliar a influência que o cumprimento das recomendações para a prática de AF durante a gravidez tem no CP da criança com desenvolvimento motor típico, dos 3 aos 5 anos, especificamente, na sequência e timing de variação da atividade dos músculos Reto Abdominal (RA), Eretor da Espinha (ES), Reto Femoral (RF), Bicípite Femoral (BF), Tibial Anterior (TA) e Solear (SO), bilateralmente, durante a realização do gesto de alcance em pé, de um alvo colocado a 90% e a 120% do comprimento do membro superior (CMS) dominante. Métodos: Estudo observacional analítico longitudinal, constituído por uma amostra de 8 crianças, entre os 3-5 anos, subdivididas em dois grupos: grupo 1, cujas mães cumpriram as recomendações para a prática da AF segundo o American College of Sports Medicine (ACSM) pelo menos num trimestre; grupo 2, cujas mães não cumpriram as recomendações. Recorreu-se à eletromiografia de superfície para registo da atividade muscular. Utilizou-se a estatística descritiva para caracterizar a amostra e análise dos resultados. Resultados: Verificou-se a ocorrência de ajustes posturais, maioritariamente, no período dos ajustes posturais precoces (EPAs) em ambos os grupos. Nas crianças do grupo 1, cujas mães cumpriram as recomendações da prática de AF segundo o ACSM, observou-se uma tendência para apresentarem uma sequência de recrutamento muscular de distal para proximal e uma variação da atividade mais precoce nos músculos ipsilaterais ao movimento. Os timings de variação muscular foram mais próximos do início do movimento no grupo 1, a uma distância de 90% do CMS e no grupo 2, a uma distância de 120%, crianças cujas mães não cumpriram as recomendações. Conclusão: A grande variabilidade apresentada, bem como a imaturidade do sistema nervoso central não permitiu afirmar que o cumprimento das recomendações para a prática da AF durante a gravidez tem influência no CP da criança.
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