Cidade e Fragmentação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galego, Fábio Pires
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8737
Resumo: A cidade de Lisboa experienciou uma significativa redução populacional entre os anos 1980 e o início do presente século, verificando-se uma distribuição dos residentes mais antigos da cidade para zonas mais afastadas do centro, nomeadamente para as suas periferias e para os crescentes subúrbios a Norte e Sul, originando a expansão da Área Metropolitana de Lisboa e estabelecendo uma malha urbana policêntrica e fragmentada. A Zona Oriental da cidade também sofreu este fenómeno de expansão graças à redistribuição populacional, em particular a área do Parque das Nações, com novas áreas qualificadas, no âmbito da operação de reconversão levada a cabo no âmbito da Exposição Mundial de 1998. Infelizmente, esta qualificação não afetou a freguesia de Marvila, nomeadamente o Vale de Chelas, que se apresenta hoje como um enclave de grandes dimensões e com grandes necessidades de mudança. Já a frente ribeirinha da atual freguesia de Marvila tem vindo muito recentemente a sofrer transformações e é considerada pelos seus novos moradores como uma área com muito potencial, com cada vez mais projetos habitacionais e empresas a sediar-se nas antigas instalações de fábricas que operaram durante largos anos nesta zona. Apesar desta reocupação de espaços devolutos ser positiva, afeta apenas uma pequena percentagem de território, a Este da linha de caminho de ferro, sendo que a realidade da restante freguesia, a Oeste da linha, muito diferente. Chelas, apesar do seu passado rural marcado por inúmeras quintas e espaços de lazer das classes mais altas da sociedade, evoluiu depois do Plano de Urbanização de Chelas para um território que durante muitos anos se entende como problemático, divido entre vazios urbanos e densos blocos habitacionais, fraturando qualquer lógica urbana possível. É precisamente esta zona mais esquecida da freguesia de Marvila o foco para o “Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millenium bcp”, inserido no programa da 5ª edição da Trienal de Arquitetura e que se realiza no presente ano de 2019. Esta é uma das iniciativas desenvolvidas com o objetivo de qualificar esse território pois, apesar da enorme área que Chelas representa, é ainda uma zona que sofre o preconceito do passado e é também pouco apelativa no que diz respeito a atividades que possam atrair população das de outros espaços da cidade, ao contrário da frente ribeirinha, que neste momento se encontra na situação oposta.
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Infelizmente, esta qualificação não afetou a freguesia de Marvila, nomeadamente o Vale de Chelas, que se apresenta hoje como um enclave de grandes dimensões e com grandes necessidades de mudança. Já a frente ribeirinha da atual freguesia de Marvila tem vindo muito recentemente a sofrer transformações e é considerada pelos seus novos moradores como uma área com muito potencial, com cada vez mais projetos habitacionais e empresas a sediar-se nas antigas instalações de fábricas que operaram durante largos anos nesta zona. Apesar desta reocupação de espaços devolutos ser positiva, afeta apenas uma pequena percentagem de território, a Este da linha de caminho de ferro, sendo que a realidade da restante freguesia, a Oeste da linha, muito diferente. Chelas, apesar do seu passado rural marcado por inúmeras quintas e espaços de lazer das classes mais altas da sociedade, evoluiu depois do Plano de Urbanização de Chelas para um território que durante muitos anos se entende como problemático, divido entre vazios urbanos e densos blocos habitacionais, fraturando qualquer lógica urbana possível. É precisamente esta zona mais esquecida da freguesia de Marvila o foco para o “Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millenium bcp”, inserido no programa da 5ª edição da Trienal de Arquitetura e que se realiza no presente ano de 2019. Esta é uma das iniciativas desenvolvidas com o objetivo de qualificar esse território pois, apesar da enorme área que Chelas representa, é ainda uma zona que sofre o preconceito do passado e é também pouco apelativa no que diz respeito a atividades que possam atrair população das de outros espaços da cidade, ao contrário da frente ribeirinha, que neste momento se encontra na situação oposta.Lisbon experienced a large reduction of its population between 1980 and the beginning of this century, since its older residents distributed themselves to areas far away from the center of the city, namely to its peripheries and constantly growing suburbs at North and South, expanding the Metropolitan Area of Lisbon and establishing a polycentric and fragmented urban network. The eastern zone of the city also suffered this growing phenomenon thanks to that redistribution, particularly Parque das Nações’ area, with new qualified areas, within the operations of restructure for the Lisbon World Expo 1998. Unfortunately, this qualification didn’t make any difference in Marvila, neither in Vale de Chelas, which today represents an enclosed territory with many needs for change. Marvila’s waterfront has changed in the recent years, being considered by its new habitants as a zone with great potential by its waterfront, with ever growing construction projects and companies locating themselves in the old factory quarters, which operated there for many years. Even though this reoccupation of empty spaces is seen as positive, it is only a small percentage of Marvila’s territory, on the East side of the railway, while, on the West of the railway, we find a different scenario. Chelas, despite its rural past and being marked by innumerable farms and leisure spaces for wealthy people, it has evolved, due to the Chelas Urban Plan, into a territory that, over the years, has been understood as problematic, divided into urban voids and heavy habitational blocks, fracturing any possible urban logic. Is precisely this forgotten zone of Marvila the focus of the “Lisbon Triennale Millennium bcp Universities Awards Competition”, part of the 5th edition of the Lisbon Architecture Triennale Program that takes place on the present year of 2019. This is one of the initiatives that aim the qualification of the territory because Chelas, even though it has one of the biggest areas of Marvila, is a zone that still suffers from its past and is one of the least appealing zones for activities to lure people from the outside of Marvila, unlike its waterfront, which now shows the opposite scenario.Castro, Ana Rita Martins Ochoa deMarum, Jorge Humberto CanastrauBibliorumGalego, Fábio Pires2020-01-27T16:34:52Z2019-07-182019-06-242019-07-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8737TID:202368327porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:01Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8737Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:00.627150Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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