Ouro Preto e Mariana: Arquitetura Religiosa e Civil no ocaso do Ciclo do Ouro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Júlia Castro de Melo Franco
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/14099
Resumo: Em 1674, eram descobertas por bandeirantes paulistas as terras que mais tarde seriam chamadas de Minas Gerais. Durante a primeira metade do século XVIII a Vila Rica de Albuquerque, atual Ouro Preto e a Vila de Ribeirão do Carmo, atual Mariana, encontravam-se imersas no “Ciclo do Ouro”, período do ápice da exploração deste metal marcado por um regime patriarcal com trabalho escravizado e pela forte presença da religiosidade e da vida política. Enquanto a ocupação de Vila Rica ocorreu sem planejamento, seguindo o relevo, Vila de Ribeirão do Carmo foi a primeira cidade planejada de Minas Gerais e primeira sede do bispado. Entretanto, com o passar do tempo, Vila Rica tornou-se a nova capital e consequentemente a cidade mais importante da capitania. A partir de 1750, iniciou-se o período de escassez do ouro e da decadência das cidades exploradas, precedendo a “Inconfidência Mineira”, movimento elitista que buscava pela independência de Vila Rica de Portugal. Neste contexto, existia um Brasil colônia marcado pela segregação socioespacial, que culminou na construção de espaços destinados à elite e aos escravizados. Com isso, esta dissertação parte da proximidade geográfica entre Ouro Preto e Mariana para discutir, analisar e comparar seis casos de estudo, as Casa de Câmara e Cadeia, Igrejas de São Francisco de Assis, e as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Mariana e Ouro Preto, construídos entre os séculos XVIII e XIX, hoje tombados como patrimônio pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com o intuito de entender como a proximidade entre as cidades influenciaram na construção de edifícios de diferentes tipologias com o caráter público, nos âmbitos político e religioso, na organização programática interior, nos alçados principais e quais as alterações ou manutenção de usos, na atualidade.
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