Solidão e Depressão: estudo numa amostra de adultos e idosos da população portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Susana Fernandes
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Macedo, Esmeralda (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/581
Resumo: Ao fazer uma revisão da literatura constata-se que a solidão é um conceito vago influenciado por determinantes sociais, pessoais e situacionais. Como se pode compreender, a solidão tem muitos significados que derivam da forma como cada pessoa diante de cada situação avalia o seu estado de solidão, e do modo como lida com a mesma. Com o avançar da idade a maioria das pessoas idosas reduzem a sua participação na comunidade, o que pode originar sentimentos de solidão e desvalorização, com efeitos ao nível da integração social e familiar, e ao nível da saúde física e psíquica. O objetivo deste trabalho é perceber se os constructos solidão e depressão são entidades independentes ou se, pelo contrário, estão intimamente ligadas. Pretende-se também verificar a relação entre a solidão e as variáveis sexo e idade. O presente trabalho é um estudo quantitativo e descritivo, que pretende avaliar a possibilidade de se encarar a solidão e a depressão como duas dimensões separadas e independentes. Para tal foram utilizados dois instrumentos de medida: as escalas de Depressão Geriátrica (GDS) e de Solidão (UCLA). Estas escalas foram aplicadas sobre uma amostra, constituída por 53 sujeitos (27 Mulheres - 49,1% e 29 Homens - 50,9%), com idades entre os 45 e os 90 anos e sem diferenças significativas entre os sexos. Os resultados obtidos por esta metodologia, mostram que a solidão pode existir sem a presença de depressão. Verificámos também que a solidão é independente das variáveis sexo e idade. Assim,as duas entidades (solidão e depressão)podem ser consideradas como independentes uma da outra. Nesse sentido, consideramos ser útil que no futuro possam ser feitos mais estudos nesta área, que permitam clarificar a relação entre a solidão e a depressão. / When doing a review of the literature it appears that loneliness is a vague concept influenced by social, personal and situational. As can be appreciated, loneliness has many meanings that derive from the way each person in front of each situation assesses your state of loneliness, and how you handle it. With advancing age the majority of older people reduce their participation in the community, which may lead to feelings of loneliness and devaluation, with effects on the social and family integration, and on physical and mental health. The objective of this study is to understand whether the constructs loneliness and depression are independent entities or, on the contrary, are closely linked. We also intend to verify the relationship between loneliness and sex and age. This study is a quantitative and descriptive study aims to evaluate the possibility to face the loneliness and depression as two separate and independent dimensions. For this we used two measurement instruments: Geriatric Depression scales (GDS) and Solitude (UCLA). These scales were applied to a sample consisting of 53 subjects (27 women - 49.1% and 29 Men - 50.9%), aged 45 to 90 years, with no significant differences between the sexes. The results of this method show that loneliness can exist without the presence of depression. We also found that loneliness is independent of gender and age. Thus, the two entities (loneliness, depression) could be considered as independent of each other. In this sense, we consider it useful in the future can be made more research in this area, to clarify the relationship between loneliness and depression.
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