Hábitos alimentares na adolescência: implicações no estado de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bica, Isabel
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Cunha, Madalena, Costa, José, Rodrigues, Vítor, Santos, Margarida Reis, Montero, Javier
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8196
Resumo: A alimentação variada e equilibrada é garantia de um estado nutricional adequado, necessário para manter um bom nível de saúde geral e oral na população. Neste sentido propusemo-nos analisar o conteúdo da dieta e a frequência de ingestão de alimentos e a sua relação com determinantes sócio demográficos, com o valor do Índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPOD), Índice de Placa Simplificado (IPS) e Índice de Massa Corporal (IMC). Este é um estudo observacional e transversal, realizado numa amostra aleatória de 661 adolescentes com idades entre 11 e 17 anos, com média de 13.22 anos (Dp=1.139), da zona Centro de Portugal.  A caracterização sócio demográfica, o conteúdo da dieta e a frequência de ingestão de alimentos foram obtidos através de um questionário auto-preenchido pelos adolescentes, e o registo do Índice CPOD, por observação da cavidade oral. A avaliação da higiene oral foi obtida pelo  índice de placa. O índice de massa corporal foi obtido através da avaliação do peso e da estatura dos adolescentes. A média do índice CPOD foi de 2.23 (Dp=2.484). Os resultados relativos ao perfil antropométrico real evidenciam que 68.1% dos adolescentes apresentam um Percentil de IMC ente P 5 e P< 85. Da amostra, 67,9% dos adolescentes referiu que considera ter uma alimentação saudável, com a ingestão de 5 a 6 refeições por dia. A maioria dos adolescentes (81,7%) ingere refrigerantes e os rapazes bebem mais refrigerantes que as raparigas (85,5% Vs 78,8). O consumo de refrigerantes tem influência (apresenta evidências significativas) no índice de CPOD dos adolescentes (t=-2,224, p=0,028). Os adolescentes que apresentam melhores hábitos alimentares são os mais novos (r=-0.155; p 0.000) e com um IMC menor (r=-0.079; p=0.046).
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