Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Ana Filipa Moutinho
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/14081
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar as diferentes facetas da psicopatia e os comportamentos antissociais numa amostra da comunidade e a sua relação com o estatuto socioeconómico e a qualificação profissional. A amostra deste estudo foi constituída por 1.046 participantes, sendo a maioria do género feminino (78.4%) e com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos (M = 24.9; DP = 8.32). Relativamente aos construtos descritivos alvo de estudo, a amostra foi composta, predominantemente, por indivíduos do estatuto socioeconómico médio (44.5%) e com profissões mais qualificadas (50.1%). A recolha de dados decorreu em formato on-line e foram utilizados instrumentos que permitiram avaliar os construtos em estudo, nomeadamente o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Autoavaliação da Psicopatia – Versão Breve, o D-CRIM e a Escala de Respostas Socialmente Desejáveis-5. Os resultados permitiram mostrar que a faceta estilo de vida demonstrou uma médica significativamente superior (M = 2.84; DP = .53) quando comparada com às restantes facetas, encontrando-se também, diferenças significativas entre as diferentes facetas da psicopatia. Além disso, verificou-se que a soma total das facetas da psicopatia era significativamente superior quando comparada a outras amostras comunitárias. Verificou-se ainda que os comportamentos antissociais violentos (n = 345) foram os mais prevalentes nesta amostra comparativamente aos comportamentos antissociais não violentos (n = 311). Neste estudo, observou-se ainda uma relação significativa entre a psicopatia e os comportamentos antissociais. Através das análises de variâncias, conclui-se que indivíduos com profissões menos qualificadas demonstraram scores mais elevados na faceta interpessoal, faceta afetiva e faceta estilo de vida comparativamente às profissões mais qualificadas onde a faceta com scores mais elevados foi a faceta antissocial. Por fim, verificou-se que os níveis de psicopatia não variam em função do estatuto socioeconómico. Em conclusão, sugerimos que estes construtos continuem a ser estudados em amostras comunitárias nos diferentes contextos culturais. Palavras-chave: Psicopatia, Comportamentos Antissociais, Estatuto social, Comunidade, Psicopata Bem-sucedido
id RCAP_778b629b07e68d6b0ffd700cbf2ce087
oai_identifier_str oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/14081
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidadePSICOLOGIAPSICOPATIASCOMPORTAMENTO ANTISSOCIALMESTRADO EM PSICOLOGIA DA JUSTIÇAPSYCHOLOGYPSYCHOPATHIESANTISOCIAL BEHAVIOURO presente estudo teve como objetivo analisar as diferentes facetas da psicopatia e os comportamentos antissociais numa amostra da comunidade e a sua relação com o estatuto socioeconómico e a qualificação profissional. A amostra deste estudo foi constituída por 1.046 participantes, sendo a maioria do género feminino (78.4%) e com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos (M = 24.9; DP = 8.32). Relativamente aos construtos descritivos alvo de estudo, a amostra foi composta, predominantemente, por indivíduos do estatuto socioeconómico médio (44.5%) e com profissões mais qualificadas (50.1%). A recolha de dados decorreu em formato on-line e foram utilizados instrumentos que permitiram avaliar os construtos em estudo, nomeadamente o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Autoavaliação da Psicopatia – Versão Breve, o D-CRIM e a Escala de Respostas Socialmente Desejáveis-5. Os resultados permitiram mostrar que a faceta estilo de vida demonstrou uma médica significativamente superior (M = 2.84; DP = .53) quando comparada com às restantes facetas, encontrando-se também, diferenças significativas entre as diferentes facetas da psicopatia. Além disso, verificou-se que a soma total das facetas da psicopatia era significativamente superior quando comparada a outras amostras comunitárias. Verificou-se ainda que os comportamentos antissociais violentos (n = 345) foram os mais prevalentes nesta amostra comparativamente aos comportamentos antissociais não violentos (n = 311). Neste estudo, observou-se ainda uma relação significativa entre a psicopatia e os comportamentos antissociais. Através das análises de variâncias, conclui-se que indivíduos com profissões menos qualificadas demonstraram scores mais elevados na faceta interpessoal, faceta afetiva e faceta estilo de vida comparativamente às profissões mais qualificadas onde a faceta com scores mais elevados foi a faceta antissocial. Por fim, verificou-se que os níveis de psicopatia não variam em função do estatuto socioeconómico. Em conclusão, sugerimos que estes construtos continuem a ser estudados em amostras comunitárias nos diferentes contextos culturais. Palavras-chave: Psicopatia, Comportamentos Antissociais, Estatuto social, Comunidade, Psicopata Bem-sucedidoThe present study aimed to analyze the different facets of psychopathy and the antisocial behaviors in a community sample and its relationship with socioeconomic status and professional qualification. The sample of this study consisted of 1.046 participants, the majority female (78.4%) and aged between 18 and 94 years (M = 24.9; SD = 8.32). Regarding the descriptive constructs that were the subject of the study, the sample was predominantly composed of individuals of medium socioeconomic status (44.5%) and with qualified professions (50.1%). Data were collected online and the instruments used allowed the assessment of the constructs under study, namely the Sociodemographic Questionnaire, the Psychopathy Self-Assessment Scale-Brief Version, the D-CRIM and the Socially Desirable Response Scale-5. Results showed that the psychopathy lifestyle facet revealed a significantly higher score (M = 2.84; SD = .53) when compared to the other facets. Furthermore, we found that the total scores of psychopathy facets were significantly higher when compared to other community samples. In this study, it was also found significant differences between the facets of psychopathy. It was found that violent antisocial behaviors (n = 345) were the most prevalent in this sample compared to non-violent antisocial behaviors (n = 311). We also found that there is a significant relationship between psychopathy and antisocial behavior. Through the analysis of variances, it was concluded that individuals with less qualified professions showed higher scores in the interpersonal facet, affective facet and lifestyle facet compared to more qualified professions where the facet with higher scores was the antisocial facet. Finally, levels of psychopathy do not vary according to socioeconomic status. In conclusion, we suggest that these constructs continue to be studied in community samples in different cultural contexts. Keywords: Psychopathy, Antisocial Behavior, Social status, Community, Successful Psychopath2023-07-28T08:47:21Z2023-01-01T00:00:00Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/14081TID:203254031porPinto, Ana Filipa Moutinhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-19T01:32:34Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/14081Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:26:16.071387Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
title Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
spellingShingle Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
Pinto, Ana Filipa Moutinho
PSICOLOGIA
PSICOPATIAS
COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL
MESTRADO EM PSICOLOGIA DA JUSTIÇA
PSYCHOLOGY
PSYCHOPATHIES
ANTISOCIAL BEHAVIOUR
title_short Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
title_full Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
title_fullStr Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
title_full_unstemmed Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
title_sort Psicopatia, estatuto social e comportamentos antissociais numa amostra da comunidade
author Pinto, Ana Filipa Moutinho
author_facet Pinto, Ana Filipa Moutinho
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Ana Filipa Moutinho
dc.subject.por.fl_str_mv PSICOLOGIA
PSICOPATIAS
COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL
MESTRADO EM PSICOLOGIA DA JUSTIÇA
PSYCHOLOGY
PSYCHOPATHIES
ANTISOCIAL BEHAVIOUR
topic PSICOLOGIA
PSICOPATIAS
COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL
MESTRADO EM PSICOLOGIA DA JUSTIÇA
PSYCHOLOGY
PSYCHOPATHIES
ANTISOCIAL BEHAVIOUR
description O presente estudo teve como objetivo analisar as diferentes facetas da psicopatia e os comportamentos antissociais numa amostra da comunidade e a sua relação com o estatuto socioeconómico e a qualificação profissional. A amostra deste estudo foi constituída por 1.046 participantes, sendo a maioria do género feminino (78.4%) e com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos (M = 24.9; DP = 8.32). Relativamente aos construtos descritivos alvo de estudo, a amostra foi composta, predominantemente, por indivíduos do estatuto socioeconómico médio (44.5%) e com profissões mais qualificadas (50.1%). A recolha de dados decorreu em formato on-line e foram utilizados instrumentos que permitiram avaliar os construtos em estudo, nomeadamente o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Autoavaliação da Psicopatia – Versão Breve, o D-CRIM e a Escala de Respostas Socialmente Desejáveis-5. Os resultados permitiram mostrar que a faceta estilo de vida demonstrou uma médica significativamente superior (M = 2.84; DP = .53) quando comparada com às restantes facetas, encontrando-se também, diferenças significativas entre as diferentes facetas da psicopatia. Além disso, verificou-se que a soma total das facetas da psicopatia era significativamente superior quando comparada a outras amostras comunitárias. Verificou-se ainda que os comportamentos antissociais violentos (n = 345) foram os mais prevalentes nesta amostra comparativamente aos comportamentos antissociais não violentos (n = 311). Neste estudo, observou-se ainda uma relação significativa entre a psicopatia e os comportamentos antissociais. Através das análises de variâncias, conclui-se que indivíduos com profissões menos qualificadas demonstraram scores mais elevados na faceta interpessoal, faceta afetiva e faceta estilo de vida comparativamente às profissões mais qualificadas onde a faceta com scores mais elevados foi a faceta antissocial. Por fim, verificou-se que os níveis de psicopatia não variam em função do estatuto socioeconómico. Em conclusão, sugerimos que estes construtos continuem a ser estudados em amostras comunitárias nos diferentes contextos culturais. Palavras-chave: Psicopatia, Comportamentos Antissociais, Estatuto social, Comunidade, Psicopata Bem-sucedido
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-07-28T08:47:21Z
2023-01-01T00:00:00Z
2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10437/14081
TID:203254031
url http://hdl.handle.net/10437/14081
identifier_str_mv TID:203254031
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133530655031296