Empreendedorismo feminino no Algarve: perfil, motivações e obstáculos das empreendedoras

• Autor(a) principal: Góis, Beatriz Maria Neves
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19281
• topic: Empreendedorismo; Empreendedorismo no feminino; Ecossistema empreendedor algarvio; Crise pandémica covid-19; Estudos de caso; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

Esta dissertação pretende contribuir para o estudo do empreendedorismo no feminino, com especial ênfase na região do Algarve. Procurámos, ao longo da investigação, obter dados relativos ao perfil, motivações e dificuldades vivenciadas pelas empreendedoras que criaram e têm gerido os seus negócios na região algarvia, ao mesmo tempo que estudámos os efeitos da crise pandémica Covid-19 nos seus empreendimentos. A estratégia de investigação seguida recaiu sobre o Estudo de Caso, com a realização de entrevistas semiestruturadas a vinte e quatro mulheres empreendedoras que desenvolvem a sua atividade no Algarve. Concluiu-se que a presença de empreendedores na família, influência do networking, conhecimentos e experiência profissional foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento dos negócios das empreendedoras. Relativamente aos atributos das empreendedoras podemos destacar a resiliência, comprometimento, otimismo, preocupação com os outros e com a sociedade. As principais condicionantes encontradas foram a insegurança, falta de confiança e dificuldades a nível de contratação de pessoal. Relativamente às principais motivações das empreendedoras destacam-se a necessidade de independência e realização pessoal, identificação de oportunidades de negócio e aplicação de competências e experiência acumulada num setor de atividade, traduzindo uma predominância da atividade empreendedora baseada na identificação de oportunidades. Observou-se globalmente o impacto negativo da pandemia no desenvolvimento dos negócios das entrevistadas – fruto da impossibilidade de realização de vendas presenciais e contacto direto com clientes -, ainda, assim, mitigado pelo recurso a ferramentas digitais. Constatou-se a existência de políticas públicas, infraestruturas e mecanismos de suporte ao empreendedorismo na região. Porém, denota-se um desconhecimento generalizado dos mesmos por parte das empreendedoras, podendo representar a existência de barreiras de carater promocional/comunicacional. Neste contexto, torna-se recomendável que os diversos atores/decisores envolvidos neste ecossistema empreendedor afetem mais recursos na interação com as empreendedoras, tendo em vista fazer chegar às mesmas o valor acrescentado que as suas organizações lhes podem proporcionar.