Relação da amamentação materna, biberão e/ou chupeta com a oclusão dentária: estudo de investigação

• Autor(a) principal: Oliveira, Beatriz Ramoa
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/11742
• topic: Amamentação; Chupeta; Biberão; Oclusão dentária; Breastfeeding; Pacifier; Bottle; Dental occlusion; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Clínica

Objetivos: O trabalho realizado teve como finalidade avaliar a relação do tempo da amamentação e a utilização de biberão e/ou chupeta com a oclusão dentária. Materiais e métodos: O estudo foi realizado através da recolha de dados dos ficheiros clínicos/informatizados dos pacientes pediátricos atendidos nos últimos 5 anos na Clínica de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa. Resultados: Observou-se um decréscimo no uso da chupeta e biberão nas crianças que foram amamentadas de forma duradoura (p<0,01). Nas relações canina e molar verificou-se na globalidade da amostra, uma prevalência de classe II, exceto nas crianças que foram amamentadas de forma exclusiva e nas que foram amamentadas e usaram chupeta, revelando estas predominância de classe I molar. As crianças que utilizaram a chupeta e em que a amamentação durou menos tempo, apresentaram predominância de relação molar classe II e mordida aberta anterior. Nos restantes parâmetros da oclusão analisados a predominância tendeu para a normalidade. Conclusões: A amamentação prolongada pode funcionar como um fator de proteção para hábitos como o biberão e a chupeta. O biberão (associado à amamentação e/ou à chupeta) apresentou-se como fator fundamental para a presença de classe II molar. A relação canina classe II foi predominante na amostra. Nos restantes parâmetros, usar ou não a chupeta e o biberão não foram um fator determinante para o aparecimento de má oclusão, mas sugere-se que seria necessário avaliar a duração, frequência e intensidade destes hábitos para poder comprovar esta afirmação.