D. Manuel I: o homem "real" e o herói "construído”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carrilho, Fernanda da Costa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/10176
Resumo: A presente dissertação, D. Manuel I ─ o homem “real” e o herói “construído”, pretende evidenciar o papel da Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel e das Ordenações Manuelinas na construção da memória histórica e literária deste rei. Assim, o trabalho teve como ponto de partida a figura do rei D. Manuel I, vista de duas vertentes: por um lado, a construção da sua imagem na Crónica e, pelo outro lado, o modo como se projeta, enquanto rei, ou seja, senhor da ordem e da lei, nas Ordenações. O reinado de D. Manuel (1495-1521) apresenta-se como uma das épocas mais ricas da história de Portugal e o felicíssimo rei, como o apelidou Damião de Góis, foi, de facto, o protagonista de um dos períodos históricos emblemáticos da pátria lusitana. Sobretudo a Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel, encomendada pelo seu filho D. Henrique, que pretendia perpetuar os feitos heroicos do pai enquanto personagem ativa da história de Portugal, permite-nos observar a vida atribulada do rei, do seu reinado e, consequentemente, do reino que não se limitava a uma porção da Península Ibérica mas que constituía um império, já, pelo mundo fora. Se, por um lado, a Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel apresenta uma descrição que se perfila como factual (apesar de muitas vezes embelezada) do reinado de D. Manuel I, as Ordenações Manuelinas transportam-nos para a realidade dura do reino e para o modo como o soberano assume os seus deveres de legislador. Por conseguinte, a partir da Crónica de Damião de Góis e das Ordenações Manuelinas procuramos observar a construção da imagem do monarca-herói, pelo cronista, em oposição ao monarca-homem e rei que as Ordenações plasmam e de como a imagem do soberano, que ambas as obras apresentam, convergem ou divergem perpetuando-se na história e na literatura subsequentes.
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