A preponderância dos modelos de organização do trabalho neo-tayloristas nas sociedades ocidentais do fim do século XX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madureira, César Nuno Grima
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/22322
Resumo: Mestrado em Sistemas Socio-Organizacionais da Actividade Económica.
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A rígida separação entre concepção e execução, os incentivos materiais variáveis (tipo salário à peça), o controlo dos níveis operacionais por hierarquias poderosas e a ausência de participação nas bases, fazem do neo-taylorismo uma realidade. As tecnologias de informação, concebidas por elites de experts, funcionam como principal elemento adjuvante na planificação do trabalho e num controlo exaustivo, por vezes coercivo, de trabalhadores e produtividade. A manutenção da polarização das qualificações é possibilitada por uma gestão tecnocentrada da tecnologia, que aposta em elites de concepção e na formalização do saber da máquina levado ao extremo, em detrimento das qualificações e da valorização da globalidade dos recursos humanos. Apesar de, como referiram Kern e Schumann, a própria valorização do capital depender da reintrodução da inteligência produtiva, a redução dos custos imediatos e directos, e a melhoria do controlo do processo produtivo continuam a constituir as principais preocupações da gestão de topo. A estagnação da O.T., num estádio neo-taylorista, é possibilitada pelas vicissitudes da internacionalização da economia, pela perspectiva tecnocêntrica (sempre condicionada pelo receio das hierarquias perderem o poder), pelo funcionamento dos sistemas de ensino, minados pela lógica industrial / empresarial vigente, pela evolução de um direito do trabalho que tende a transformar-se num "direito de empresa" (possibilitando a difusão dos contratos precários) e pelo arredamento dos sindicatos da reorganização produtiva. Num contexto deste tipo, toma-se inviável a edificação de um sistema antropocênctrico. O presente trabalho aprofunda o percurso histórico do taylorismo e a sua evolução para o neotaylorismo, assim como tenta diagnosticar e desenvolver as (supracitadas) principais causas para a preponderância do neo-taylorismo nas sociedades ocidentais do fim do século.At the end of the twentieth century, the labour organization models are still deaply influenced by the Scientific Management. In spite of an organizational evolution, as a result of the emergence of new theories and of the organizational practices, and nevertheless some exceptional experiences, the worker is still considered as a "peace of the factory / entreprise gearing". The strict separation between conception and execution of work, the variable material incentives (salary-to-the-peace type), the control of operacional leveis by powerful hierarchy and the absence of participation at the operacional bases, make neo-taylorism an actuality. The information technologies, conceived by expertise elite, work as major adjuvant in the planifícation of work and in an exaustive control, sometimes coercive, of workers and productivity. The maintenance of qualifícations polarization is enabled by technocentric management of technology, beting on elite conception and on formalization of extreme machine knowledge, despite of the qualifícation and valuation of global human resources. As Kern and Schumann said, the valuation of capital depends of the reintroduction of productive inteligence. Nevertheless, the reduction of direct and immediate costs, and the improvement of control in productive process are still the main concem of top management. The stagnation of labour organization, in the neo-taylorist stage, is enabled by the vicissitudes of economy intemationalization, by a technocentric vision (fear of the hierachy loosing the power), by the functioning of teaching systems, subverted by the actual industry / enterprise logic, by the transformation of a labour law into a "enterprise law" (which enables precarious contracts), by putting aside the trade unions of the productive reorganization. In such a context, it becomes impracticable the edification of a antropocentric system. The present work deeps the historical course of taylorism and its evolution into neo-taylorism, as it also tries to diagnose and develop the (above mentioned) main causes of preponderance of neo-taylorism in west societies at the end of this century.Kovács, IlonaRepositório da Universidade de LisboaMadureira, César Nuno Grima2021-10-20T14:45:10Z1997-031997-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/22322porMadureira, César Nuno Grima (1997). "A preponderância dos modelos de organização do trabalho neo-tayloristas nas sociedades ocidentais do fim do século XX". Dissertação de Mestrado. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:51:52Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/22322Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:06:46.694771Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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