O recém nascido de extremo baixo peso: estado aos 2-3 anos: resultados do Registo Nacional de Muito Baixo Peso de 2005 e 2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, M
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Bettencourt, A, Almeida, A, Mimoso, G, Soares, P, Tomé, T, Grupo do Registo Nacional do Muito Baixo Peso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.10/1193
Resumo: Introdução: As crianças que nascem antes das 32 semanas ou com peso inferior a 1500g apresentam um elevado risco de sequelas no seu neurodesenvolvimento. Objectivo: Analisar a situação do crescimento e desenvolvimento neurosensorial das crianças com peso igual ou inferior a 1000g nascidas nos anos de 2005 e 2006 incluídas no registo nacional do muito baixo peso. Resultados: Das 163 crianças avaliadas, 49,1% eram do género masculino, com idade gestacional média de 27 semanas, peso médio de 805,6 gramas, e idade média à data da avaliação de 36 meses. Várias crianças com peso ao nascer abaixo do percentil (p) 25, na data de avaliação apresentavam sobrepeso (superior ao p90). Por outro lado, crianças que nasceram com percentil de peso igual ou superior a 50, na data de avaliação apresentavam desnutrição (inferior a p5). Em relação às sequelas, quatro (2,5%) crianças tinham surdez profunda ou grave e três (1,9%) necessidade de próteses auditivas. Uma criança apresentava cegueira (0,9%) e 25 (17%) necessitavam de usar óculos. Quinze (9,7%) apresentavam paralisia cerebral e treze (8,7%) problemas neurológicos. A avaliação do desenvolvimento mostrou atraso em 17 crianças (10,6%). Ao analisar o conjunto das sequelas considerámos 34 crianças (20,9%) como tendo algum tipo de perturbação do neurodesenvolvimento e 129 (79,1%) foram consideradas normais. As necessidades especiais verificaram-se em 77 (49,7%) das crianças, sendo a mais frequente a fisioterapia em 39 (24,8%). Foi significativamente mais elevada a necessidade de qualquer tipo de apoio nas crianças com sequelas. Conclusão: Foi possível o conhecimento da evolução e das necessidades desta população o que é fundamental de modo a avaliar a qualidade de vida dos sobreviventes, mas também definir as estratégias de diagnóstico das sequelas e as medidas de intervenção e apoio que estas crianças irão necessitar.
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