Auto-compaixão, depressão e stress em estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Marisa Domingues
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/22359
Resumo: A auto-compaixão, entendida como uma estratégia de regulação emocional eficaz e adaptativa para lidar com pensamentos, sentimentos indesejados ou desagradáveis e acontecimentos de vida negativos ou dolorosos, tem sido associada ao bem-estar emocional e psicológico. A depressão e o stress são claramente distintos do ponto de vista fenomenológico, mas empiricamente tem sido difícil separar os dois construtos. Estudos anteriores sugerem que a auto-compaixão e os sintomas depressivos estão consistentemente associados, negativamente, embora se assuma frequentemente que a baixa de autocompaixão antecede os sintomas depressivos. Dada a escassez de estudos a explorar a relação destes construtos, o presente estudo tem como principal objetivo analisar o papel preditivo da auto-compaixão na sintomatologia depressiva e stress numa amostra de estudantes universitários. Fizeram parte da amostra 246 estudantes, 69 rapazes e 176 raparigas com uma média de idades de 21.72 anos, que preencheram a Escala de Auto-Compaixão e a Escala de Ansiedade Depressão e Stress. Ainda que a auto-crítica, o isolamento, a sobre-identificação e o total da auto-compaixão estejam relacionados com a depressão, apenas o isolamento revela ser um preditor significativo de depressão. Relativamente ao stress, encontraram-se correlações significativas com a auto-crítica, a condição humana, o isolamento, a sobre-identificação e o total da auto-compaixão, sendo que apenas a sobre-identificação não é um preditor de stress. Os nossos resultados sustentam, ainda que sejam preliminares, que trabalhar a auto-compaixão pode merecer destaque em programas de prevenção e tratamento da depressão.
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