WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, Inês
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Alves da Costa, Filipa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24
Resumo: Introdução: A preparação individualizada da medicação (PIM) é um método útil de gestão da terapêutica em doentes idosos e polimedicados, permitindo maior facilidade na administração do medicamento certo, no dia e hora certos. A utilização deste sistema traduz-se numa maior adesão à terapêutica por parte do doente, com claros benefícios em termos da efetividade e segurança do medicamento, conduzindo consequentemente a uma melhor qualidade de vida.Objetivos: Determinar a utilidade percecionada sobre um serviço farmacêutico de PIM; avaliar a vontade do doente para receber e pagar (willingness to pay) pelo mesmo.Métodos: Realizou-se um estudo transversal numa amostra de três farmácias selecionadas intencionalmente (Grande Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo), nas quais foram convidados a participar todos os utentes maiores de idade que, durante o período de estudo (um dia em cada farmácia), entrassem na farmácia. A informação foi recolhida através de um questionário composto por cinco perguntas, que se iniciava com uma breve explicação sobre a PIM (verbal e com imagem), sendo seguidamente avaliada a utilidade percecionada do serviço e a sua vontade para pagar pelo mesmo. Os resultados foram tratados em SPSS, versão 19.0, utilizando análise estatística bivariada (testes de t-Student e qui-quadrado) e trabalhando com um intervalo de confiança a 95 por cento. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética do ISCSEM.Resultados: Foram recolhidos 267 inquéritos, provenientes na sua maioria de utentes do sexo feminino (65,9 por cento); a idade média da amostra foi 56,24 anos (dp=17,824; {19-90}). Dos utentes inquiridos, 58 por cento (n=154) consideraram o serviço útil para si, 71 por cento (n=188) consideraram o serviço útil para outrem e 53,4 por cento (n=142) referiram que estariam disponíveis para pagar pelo serviço caso fosse disponibilizado pela farmácia. Verificou-se que a perceção de utilidade esteve associada ao comportamento considerado aderente, sendo os considerados não aderentes os que percecionaram o serviço como mais útil (p <0,001).Verificou-se ainda que a utilidade percecionada esteve associada à disponibilidade para pagar pelo mesmo (p <0,001).Conclusão: Este estudo sugere que o sistema DAA pode ser viável em farmácia comunitária, dada a elevada percentagem de utentes que considerou o serviço útil para si ou para outrem. Adicionalmente, verificou--se que uma proporção importante destes utentes se encontra disponível para pagar pelo serviço, embora talvez não o suficiente para cobrir todos os seus custos. Por fim, é importante mencionar que os dados recolhidos não são generalizáveis para outras regiões do país, embora sejam um incentivo para que todos os interessados invistam na prestação de serviços farmacêuticos.
id RCAP_79ccfb51878f55f60974f64ab07aaedf
oai_identifier_str oai:ojs.farmacoterapia.pt:article/24
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)Introdução: A preparação individualizada da medicação (PIM) é um método útil de gestão da terapêutica em doentes idosos e polimedicados, permitindo maior facilidade na administração do medicamento certo, no dia e hora certos. A utilização deste sistema traduz-se numa maior adesão à terapêutica por parte do doente, com claros benefícios em termos da efetividade e segurança do medicamento, conduzindo consequentemente a uma melhor qualidade de vida.Objetivos: Determinar a utilidade percecionada sobre um serviço farmacêutico de PIM; avaliar a vontade do doente para receber e pagar (willingness to pay) pelo mesmo.Métodos: Realizou-se um estudo transversal numa amostra de três farmácias selecionadas intencionalmente (Grande Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo), nas quais foram convidados a participar todos os utentes maiores de idade que, durante o período de estudo (um dia em cada farmácia), entrassem na farmácia. A informação foi recolhida através de um questionário composto por cinco perguntas, que se iniciava com uma breve explicação sobre a PIM (verbal e com imagem), sendo seguidamente avaliada a utilidade percecionada do serviço e a sua vontade para pagar pelo mesmo. Os resultados foram tratados em SPSS, versão 19.0, utilizando análise estatística bivariada (testes de t-Student e qui-quadrado) e trabalhando com um intervalo de confiança a 95 por cento. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética do ISCSEM.Resultados: Foram recolhidos 267 inquéritos, provenientes na sua maioria de utentes do sexo feminino (65,9 por cento); a idade média da amostra foi 56,24 anos (dp=17,824; {19-90}). Dos utentes inquiridos, 58 por cento (n=154) consideraram o serviço útil para si, 71 por cento (n=188) consideraram o serviço útil para outrem e 53,4 por cento (n=142) referiram que estariam disponíveis para pagar pelo serviço caso fosse disponibilizado pela farmácia. Verificou-se que a perceção de utilidade esteve associada ao comportamento considerado aderente, sendo os considerados não aderentes os que percecionaram o serviço como mais útil (p <0,001).Verificou-se ainda que a utilidade percecionada esteve associada à disponibilidade para pagar pelo mesmo (p <0,001).Conclusão: Este estudo sugere que o sistema DAA pode ser viável em farmácia comunitária, dada a elevada percentagem de utentes que considerou o serviço útil para si ou para outrem. Adicionalmente, verificou--se que uma proporção importante destes utentes se encontra disponível para pagar pelo serviço, embora talvez não o suficiente para cobrir todos os seus custos. Por fim, é importante mencionar que os dados recolhidos não são generalizáveis para outras regiões do país, embora sejam um incentivo para que todos os interessados invistam na prestação de serviços farmacêuticos.Formifarma2014-09-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24https://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24Revista Portuguesa de Farmacoterapia / Portuguese Journal of Pharmacotherapy; Vol 6 No 3 (2014): Julho; 3-12Revista Portuguesa de Farmacoterapia; v. 6 n. 3 (2014): Julho; 3-122183-73411647-354Xreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/24http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/24/18Direitos de Autor (c) 2017 Revista Portuguesa de Farmacoterapiahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMiranda, InêsAlves da Costa, Filipa2023-09-01T04:32:59Zoai:ojs.farmacoterapia.pt:article/24Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:11:30.273061Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
title WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
spellingShingle WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
Miranda, Inês
title_short WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
title_full WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
title_fullStr WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
title_full_unstemmed WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
title_sort WILLINGNESS TO PAY (VONTADE PARA PAGAR) POR UM SERVIÇO DE PREPARAÇÃO INDIVIDUALIZADA DA MEDICAÇÃO (PIM)
author Miranda, Inês
author_facet Miranda, Inês
Alves da Costa, Filipa
author_role author
author2 Alves da Costa, Filipa
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Miranda, Inês
Alves da Costa, Filipa
description Introdução: A preparação individualizada da medicação (PIM) é um método útil de gestão da terapêutica em doentes idosos e polimedicados, permitindo maior facilidade na administração do medicamento certo, no dia e hora certos. A utilização deste sistema traduz-se numa maior adesão à terapêutica por parte do doente, com claros benefícios em termos da efetividade e segurança do medicamento, conduzindo consequentemente a uma melhor qualidade de vida.Objetivos: Determinar a utilidade percecionada sobre um serviço farmacêutico de PIM; avaliar a vontade do doente para receber e pagar (willingness to pay) pelo mesmo.Métodos: Realizou-se um estudo transversal numa amostra de três farmácias selecionadas intencionalmente (Grande Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo), nas quais foram convidados a participar todos os utentes maiores de idade que, durante o período de estudo (um dia em cada farmácia), entrassem na farmácia. A informação foi recolhida através de um questionário composto por cinco perguntas, que se iniciava com uma breve explicação sobre a PIM (verbal e com imagem), sendo seguidamente avaliada a utilidade percecionada do serviço e a sua vontade para pagar pelo mesmo. Os resultados foram tratados em SPSS, versão 19.0, utilizando análise estatística bivariada (testes de t-Student e qui-quadrado) e trabalhando com um intervalo de confiança a 95 por cento. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética do ISCSEM.Resultados: Foram recolhidos 267 inquéritos, provenientes na sua maioria de utentes do sexo feminino (65,9 por cento); a idade média da amostra foi 56,24 anos (dp=17,824; {19-90}). Dos utentes inquiridos, 58 por cento (n=154) consideraram o serviço útil para si, 71 por cento (n=188) consideraram o serviço útil para outrem e 53,4 por cento (n=142) referiram que estariam disponíveis para pagar pelo serviço caso fosse disponibilizado pela farmácia. Verificou-se que a perceção de utilidade esteve associada ao comportamento considerado aderente, sendo os considerados não aderentes os que percecionaram o serviço como mais útil (p <0,001).Verificou-se ainda que a utilidade percecionada esteve associada à disponibilidade para pagar pelo mesmo (p <0,001).Conclusão: Este estudo sugere que o sistema DAA pode ser viável em farmácia comunitária, dada a elevada percentagem de utentes que considerou o serviço útil para si ou para outrem. Adicionalmente, verificou--se que uma proporção importante destes utentes se encontra disponível para pagar pelo serviço, embora talvez não o suficiente para cobrir todos os seus custos. Por fim, é importante mencionar que os dados recolhidos não são generalizáveis para outras regiões do país, embora sejam um incentivo para que todos os interessados invistam na prestação de serviços farmacêuticos.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-09-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24
https://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24
url https://doi.org/10.25756/rpf.v6i3.24
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/24
http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/24/18
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos de Autor (c) 2017 Revista Portuguesa de Farmacoterapia
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos de Autor (c) 2017 Revista Portuguesa de Farmacoterapia
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Formifarma
publisher.none.fl_str_mv Formifarma
dc.source.none.fl_str_mv Revista Portuguesa de Farmacoterapia / Portuguese Journal of Pharmacotherapy; Vol 6 No 3 (2014): Julho; 3-12
Revista Portuguesa de Farmacoterapia; v. 6 n. 3 (2014): Julho; 3-12
2183-7341
1647-354X
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799129985420623872