Tratamento de Infeções Protésicas com Desbridamento e Preservação do Implante: Resultados da Aplicação Prospetiva de um Protocolo Pré-estabelecido
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000100003 |
Resumo: | Objetivo: O tratamento de infeções protésicas é complexo e os resultados do desbridamento com preservação da prótese são frequentemente imprevisíveis. A nossa hipótese é que é possível oferecer uma boa probabilidade de sucesso desde que sejam cumpridas algumas regras simples para correta seleção e tratamento dos doentes. O objetivo deste estudo é apresentar os resultados obtidos com a aplicação prospetiva desses pressupostos ao longo dos últimos anos na nossa instituição. Material e Métodos: Trata-se de um estudo clínico prospetivo que inclui todos os doentes com infeção protésica tratados desde Janeiro/2012 e com um seguimento mínimo de 12 meses após o fim do tratamento. Apenas foram candidatos ao desbridamento com preservação do implante doentes com prótese estável, sem sinais de descolamento, boa condição de partes moles e curta duração dos sintomas. O desbridamento cirúrgico foi realizado pelo mesmo cirurgião e incluiu sempre troca de partes móveis. Sempre que possível a antibioterapia incluiu fármacos com eficácia para bactérias no biofilme. Resultados: Foram estudados 24 doentes (15 joelhos e 9 ancas) com uma idade média de 65 anos. Um doente foi excluído da analise dos resultados por morte não relacionada. Registaram-se três casos de falência do tratamento o que resulta numa taxa de sucesso de 87% (20/23) com um seguimento médio de 30 meses após o término da antibioterapia. Conclusão: A aplicação de um protocolo pré-estabelecido de tratamento permite a obtenção de bons resultados no tratamento de infeções protésicas mesmo quando se opte pela preservação do implante. |
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Tratamento de Infeções Protésicas com Desbridamento e Preservação do Implante: Resultados da Aplicação Prospetiva de um Protocolo Pré-estabelecidoPrótese da ancaPrótese do joelhoInfeção de próteseEstudo de coorteEstudo prospetivoPreservação do implanteIrrigação terapêuticaAntibióticos/uso terapêuticoResultado de tratamentoObjetivo: O tratamento de infeções protésicas é complexo e os resultados do desbridamento com preservação da prótese são frequentemente imprevisíveis. A nossa hipótese é que é possível oferecer uma boa probabilidade de sucesso desde que sejam cumpridas algumas regras simples para correta seleção e tratamento dos doentes. O objetivo deste estudo é apresentar os resultados obtidos com a aplicação prospetiva desses pressupostos ao longo dos últimos anos na nossa instituição. Material e Métodos: Trata-se de um estudo clínico prospetivo que inclui todos os doentes com infeção protésica tratados desde Janeiro/2012 e com um seguimento mínimo de 12 meses após o fim do tratamento. Apenas foram candidatos ao desbridamento com preservação do implante doentes com prótese estável, sem sinais de descolamento, boa condição de partes moles e curta duração dos sintomas. O desbridamento cirúrgico foi realizado pelo mesmo cirurgião e incluiu sempre troca de partes móveis. Sempre que possível a antibioterapia incluiu fármacos com eficácia para bactérias no biofilme. Resultados: Foram estudados 24 doentes (15 joelhos e 9 ancas) com uma idade média de 65 anos. Um doente foi excluído da analise dos resultados por morte não relacionada. Registaram-se três casos de falência do tratamento o que resulta numa taxa de sucesso de 87% (20/23) com um seguimento médio de 30 meses após o término da antibioterapia. Conclusão: A aplicação de um protocolo pré-estabelecido de tratamento permite a obtenção de bons resultados no tratamento de infeções protésicas mesmo quando se opte pela preservação do implante.Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia2017-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000100003Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia v.25 n.1 2017reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000100003Sousa,RicardoSilva,MartaSousa,ArnaldoEsteves,JoãoNeves,PedroLopes,SeabraOliveira,Antónioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:20:57Zoai:scielo:S1646-21222017000100003Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:28:08.581168Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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