Um desafio à União Europeia?: os partidos Challenger no Parlamento Europeu (1999-2014)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Maria Rosa Gonçalves Pereira de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/40751
Resumo: Desde a década de 1990, a dinâmica europeia tem sofrido constantes mudanças na esfera político-partidária. A insatisfação nacional com as elites políticas e a perceção da sua ineficácia por parte dos cidadãos tem sido um impulso para o surgimento de novos quadros partidários; além disso, tem-se verificado uma perda gradual de confiança no sistema político europeu, dado o seu desempenho face a vários momentos de crise. Como resultado, os partidos challenger tem vindo a conquistar assentos parlamentares, tanto a nível nacional como europeu, enquanto os partidos tradicionais (mainstream) diminuíram gradualmente. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo central captar até que ponto é que o discurso dos partidos challenger no Parlamento Europeu diverge do discurso dos partidos mainstream em questões ideológicas relevantes como o euroceticismo, contestação institucional e avaliação do projeto de integração. Através de uma análise de conteúdo dos discursos de 15 partidos challenger e de 15 partidos mainstream em três legislaturas distintas - 5º legislatura (1999- 2004); 6º legislatura (2004-2009); 7º Legislatura (2009-2014) foi possível chegar a algumas conclusões. Nomeadamente que à medida em que o contexto global dificulta a autonomia dos países, há uma tendência para que ocorra uma convergência no discurso de ambos os partidos. Verificou-se que os partidos challenger tendem a manifestar uma avaliação negativa em relação ao projeto de integração; em âmbito de contestação institucional verifica-se uma posição mais contida por parte destes partidos, ao passo que os mainstream possuem igualmente posições contestadoras; e, em termos de posicionamento perante a UE, verifica-se que, ao longo do tempo foi identificada uma tendência clara de aproximação em relação ao discurso entre os partidos challenger e os partidos mainstream.
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