Absentismo e engagement dos enfermeiros do Centro Hospitalar de S. João
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/15543 |
Resumo: | A saúde em Portugal tem sido alvo de várias alterações nos últimos anos, provocando danos nas classes de profissionais que prestam os cuidados. O absentismo dos enfermeiros tem atingido níveis preocupantes, que se reflete em profissionais exaustos, desgastados e desmotivados. Por consequência, é expectável que o engagement diminua e haja perda de interesse pela profissão. Surge desta forma a motivação para este estudo, que teve como objetivo conhecer o absentismo e o engagement nos enfermeiros do centro hospitalar de São João (CHSJ), de forma a entender melhor as preocupantes taxas de absentismo na instituição. O instrumento de recolha de dados utilizado consistiu na aplicação de três questionários autoadministrados, com o objetivo de avaliar a componente sociodemográfica, o absentismo e o engagement. Foram utilizadas escalas testadas, nomeadamente – Escala de fatores de Absentismo Laboral (EFAL) de Murcho e Jesus (2006) para o absentismo e a Escala Utrecht Works Engagement Scale (UWES) de Schaufeli e Bakker (2007) para o Engagement. Num universo de 2286 enfermeiros do CHSJ (em 2018), foram estudados 222 enfermeiros, distribuídos por 9 serviços da instituição. Foi possível concluir que o absentismo está negativamente correlacionado com o engagement e que os enfermeiros que faltam mais são os que apresentam menor nível de engagement (p=0.18). Em termos de faltas, indicadores de absentismo, foi possível confirmar que quem falta menos são aqueles que têm mais absorção, dedicação e vigor no seu trabalho, o mesmo acontecendo para quem tem um segundo emprego. O cansaço, a sobrecarga de trabalho, o stress e a ansiedade surgem como potenciadores do absentismo, o mesmo acontece com a baixa remuneração e a falta de reconhecimento profissional. O controlo do absentismo e a estimulação do engagement são fundamentais para as organizações, promovendo um sentimento de bem-estar que reduz os custos físicos e psicológicos do trabalho, e estimulando as pessoas ao crescimento pessoal, aprendizagem e desenvolvimento. |
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Absentismo e engagement dos enfermeiros do Centro Hospitalar de S. JoãoSaúdeEnfermeirosEngagementAbsentismoHealthNursesEnfermerasSaludA saúde em Portugal tem sido alvo de várias alterações nos últimos anos, provocando danos nas classes de profissionais que prestam os cuidados. O absentismo dos enfermeiros tem atingido níveis preocupantes, que se reflete em profissionais exaustos, desgastados e desmotivados. Por consequência, é expectável que o engagement diminua e haja perda de interesse pela profissão. Surge desta forma a motivação para este estudo, que teve como objetivo conhecer o absentismo e o engagement nos enfermeiros do centro hospitalar de São João (CHSJ), de forma a entender melhor as preocupantes taxas de absentismo na instituição. O instrumento de recolha de dados utilizado consistiu na aplicação de três questionários autoadministrados, com o objetivo de avaliar a componente sociodemográfica, o absentismo e o engagement. Foram utilizadas escalas testadas, nomeadamente – Escala de fatores de Absentismo Laboral (EFAL) de Murcho e Jesus (2006) para o absentismo e a Escala Utrecht Works Engagement Scale (UWES) de Schaufeli e Bakker (2007) para o Engagement. Num universo de 2286 enfermeiros do CHSJ (em 2018), foram estudados 222 enfermeiros, distribuídos por 9 serviços da instituição. Foi possível concluir que o absentismo está negativamente correlacionado com o engagement e que os enfermeiros que faltam mais são os que apresentam menor nível de engagement (p=0.18). Em termos de faltas, indicadores de absentismo, foi possível confirmar que quem falta menos são aqueles que têm mais absorção, dedicação e vigor no seu trabalho, o mesmo acontecendo para quem tem um segundo emprego. O cansaço, a sobrecarga de trabalho, o stress e a ansiedade surgem como potenciadores do absentismo, o mesmo acontece com a baixa remuneração e a falta de reconhecimento profissional. O controlo do absentismo e a estimulação do engagement são fundamentais para as organizações, promovendo um sentimento de bem-estar que reduz os custos físicos e psicológicos do trabalho, e estimulando as pessoas ao crescimento pessoal, aprendizagem e desenvolvimento.Health in Portugal has been the subject of several changes in recent years, causing damage to the health professionals. The nurses’ absenteeism has reached worrying levels, which is reflected in exhausted, worn and unmotivated professionals. As a result, engagement decreases and loss of interest in the profession increases. Therefore, the motivation for this study arise, which aimed to know absenteeism and engagement in nurses at the São João Hospital Center, in order to better understand the worrying absenteeism rates in the institution. The data collection instrument used consisted of the application of three self-administered questionnaires, with the objective of evaluating the sociodemographic component, absenteeism and engagement. Tested scales were used, namely - Labor Absenteeism Factor Scale (EFAL) by Murcho and Jesus (2006) for absenteeism and the Utrecht Works Engagement Scale Scale (UWES) by Schaufeli and Bakker (2007) for Engagement. In a universe of 2286 CHSJ nurses (in 2018), 222 nurses were studied, distributed by 9 services of the institution. It was possible to conclude that absenteeism is negatively correlated with engagement and that the most missing nurses are those with the lowest level of engagement (p = 0.18). In terms of absences, indicators of absenteeism, it was possible to confirm that those who lack less are those who have more absorption, dedication and vigor in their work, as well as those who have a second job. Tiredness, work overload, stress and anxiety are all driving absenteeism, as are low pay and lack of professional recognition. Controlling absenteeism and encouraging engagement are critical to organizations, promoting a sense of well-being that reduces the physical and psychological costs of work, and stimulating people to personal growth, learning and development.La salud en Portugal ha sido objeto de varios cambios en los últimos años, causando daños a las clases de los cuidadores. El ausentismo de las enfermeras ha alcanzado niveles preocupantes, lo que se refleja en profesionales agotados, desgastados y sin motivación. Como resultado, el compromiso disminuye y aumenta la pérdida de interés en la profesión. Por lo tanto, surge la motivación para este estudio, que buscaba conocer el absentismo y la participación de enfermeras en el Centro Hospitalario de São João (CHSJ), para comprender mejor las preocupantes tasas de ausentismo en la institución. El instrumento de recolección de datos utilizado consistió en la aplicación de tres cuestionarios autoadministrados, con el objetivo de evaluar el componente sociodemográfico, el absentismo y el compromiso. Se utilizaron escalas probadas, a saber: la Escala del Factor de Absentismo Laboral (EFAL) de Murcho y Jesús (2006) para el absentismo y la Escala de Escala de Compromiso de Utrecht Works (UWES) de Schaufeli y Bakker (2007) para el Compromiso. En un universo de 2286 enfermeras de CHSJ (en 2018), se estudiaron 222 enfermeras, distribuidas por 9 servicios de la institución. Fue posible concluir que el absentismo se correlaciona negativamente con el compromiso y que las enfermeras más desaparecidas son aquellas con el nivel más bajo de compromiso (p = 0.18). En términos de ausencias, indicadores de absentismo, fue posible confirmar que los que carecen menos son aquellos que tienen más absorción, dedicación y vigor en su trabajo, así como aquellos que tienen un segundo trabajo. El cansancio, la sobrecarga de trabajo, el estrés y la ansiedad están impulsando el absentismo, al igual que los bajos salarios y la falta de reconocimiento profesional. Controlar el absentismo y alentar el compromiso es fundamental para las organizaciones, promoviendo una sensación de bienestar que reduce los costos físicos y psicológicos del trabajo, y estimulando a las personas a crecer, aprender y desarrollarse personalmente.Morais, CarmindaCosta, Maria Alexandra Pacheco Ribeiro daRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoPereira, Cláudia Sofia Ferreira2020-02-26T16:00:14Z2019-122019-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/15543TID:202448940porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:59:40Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/15543Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:35:15.220535Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A saúde em Portugal tem sido alvo de várias alterações nos últimos anos, provocando danos nas classes de profissionais que prestam os cuidados. O absentismo dos enfermeiros tem atingido níveis preocupantes, que se reflete em profissionais exaustos, desgastados e desmotivados. Por consequência, é expectável que o engagement diminua e haja perda de interesse pela profissão. Surge desta forma a motivação para este estudo, que teve como objetivo conhecer o absentismo e o engagement nos enfermeiros do centro hospitalar de São João (CHSJ), de forma a entender melhor as preocupantes taxas de absentismo na instituição. O instrumento de recolha de dados utilizado consistiu na aplicação de três questionários autoadministrados, com o objetivo de avaliar a componente sociodemográfica, o absentismo e o engagement. Foram utilizadas escalas testadas, nomeadamente – Escala de fatores de Absentismo Laboral (EFAL) de Murcho e Jesus (2006) para o absentismo e a Escala Utrecht Works Engagement Scale (UWES) de Schaufeli e Bakker (2007) para o Engagement. Num universo de 2286 enfermeiros do CHSJ (em 2018), foram estudados 222 enfermeiros, distribuídos por 9 serviços da instituição. Foi possível concluir que o absentismo está negativamente correlacionado com o engagement e que os enfermeiros que faltam mais são os que apresentam menor nível de engagement (p=0.18). Em termos de faltas, indicadores de absentismo, foi possível confirmar que quem falta menos são aqueles que têm mais absorção, dedicação e vigor no seu trabalho, o mesmo acontecendo para quem tem um segundo emprego. O cansaço, a sobrecarga de trabalho, o stress e a ansiedade surgem como potenciadores do absentismo, o mesmo acontece com a baixa remuneração e a falta de reconhecimento profissional. O controlo do absentismo e a estimulação do engagement são fundamentais para as organizações, promovendo um sentimento de bem-estar que reduz os custos físicos e psicológicos do trabalho, e estimulando as pessoas ao crescimento pessoal, aprendizagem e desenvolvimento. |
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