Comunicação de más notícias a pessoas com doença oncológica : a necessidade de implementar a (bio)ética na relação : um estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Ângela Carina Ramos, 1983-
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/11061
Resumo: Tese de mestrado, Bioética, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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spelling Comunicação de más notícias a pessoas com doença oncológica : a necessidade de implementar a (bio)ética na relação : um estudo exploratórioProfissionais de saúdeComunicação de más notíciasBioéticaDoença oncológicaRelação interpessoalTeses de mestrado - 2014Tese de mestrado, Bioética, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014A comunicação de más notícias em saúde, contínua a ser uma área de grande dificuldade, constituindo-se numa das problemáticas mais difíceis e complexas no contexto das relações interpessoais pessoa doente/família/profissional de saúde, quer pela gravidade das situações, quer também pela controvérsia que ainda existe em torno de quem, como, quando e o que comunicar à pessoa doente e sua família. O objetivo central do estudo visa, compreender o processo de comunicação de más notícias que é utilizado pelos médicos e pelos enfermeiros a pessoas com doença oncológica, de modo a obter dados que nos permitam desenvolver uma ética em comunicação em saúde. A compreensão desta realidade implica identificar o tipo de informação que é comunicada pelos enfermeiros e pelos médicos a pessoas com doença oncológica, bem como identificar o modo e as condições que dificultam este processo comunicacional, conhecer a prática corrente dos médicos e enfermeiros na comunicação de más notícias, identificar os fatores que facilitam e dificultam o processo de comunicação de más notícias a pessoas com doença oncológica e por fim descrever ainda as estratégias referidas pelos enfermeiros e médicos de forma a desenvolver competências na área da comunicação de más notícias. Para a concretização destes objetivos desenhou-se um estudo de abordagem qualitativa, exploratório e descritivo, com recurso ao questionário como método de recolha de dados e à utilização da análise de conteúdo para analisar as questões abertas e do programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 16.0, para analisar as perguntas fechadas. De entre os resultados, revela-se que a maioria dos profissionais de saúde considera que as pessoas doentes têm o direito de serem sempre informadas sobre o conteúdo da má notícia; quando confrontados com a sua prática, a maioria apresenta algumas reservas em informar sempre a pessoa doente sobre o conteúdo da má notícia. Os principais motivos invocados pelos profissionais de saúde para omitirem essa informação prendem-se com a possibilidade da informação ser prejudicial para o bem-estar da pessoa doente, com a dificuldade na revelação deste tipo de informação e com o facto de não estar preparado para transmitir este tipo de informação. Não obstante os profissionais de saúde considerarem a formação uma estratégia fundamental para o desenvolvimento de competências na área da comunicação de más notícias, verificámos que estes profissionais referem não possuir, nem ter desenvolvido formação específica nesta área. De acordo com os resultados obtidos os profissionais de saúde fomentam a participação informada da pessoa doente nas tomadas de decisão e é o médico o principal responsável pela comunicação de más notícias.In the clinical environment, communicating what we define as “bad news” is still a difficult subject and considered one of the most problematic and tough areas for the interpersonal relationships between the patient/family/health professional. This occurs not only for the severity of the situations, but also for the controversy in the determination of who, when and how should the communication occur to the patient and the respective family. The main goal of this study is to understand the (“bad news”) communication process, used by doctors and nurses with the oncologic patients and obtain data that would allow the development of an ethic procedure/methodology in this field (communication in the clinical environment). Understanding the daily routine of the clinical personnel implies identifying not only the type of information that is communicated by nurses and doctors to the oncologic patient, but also the main conditions that unease the communication process. In addition, it also implies know the practice of doctors and nurses in communicating bad news, describing the strategies mentioned by doctors and nurses to develop communication skills in this particular area and identifying the situations that play a key role in the communication process between the clinical personnel and the patient (either facilitating or not the whole process). For accomplishing the above mentioned objectives, a qualitative and descriptive study was issued, using the questionnaire methodology as the mean to collect data, the content analysis for the opened questions analyses and the Statistical Package for the Social Science (SPSS), version 16.0, for the closed questions analysis. From the results obtained, it is understood that the majority of the clinical personnel considers that the patient has the right to be always informed about his/her health condition. However, when asked about their own daily practice, the majority indicated having some difficulties in communicating the uncomfortable news to the patient. The main reasons pointed out by the clinical personnel for being reserved in the communication process (sometimes avoiding disclosing the whole content) is related to the fact that revealing that information might be harmful for the sake of the patient and is not an easy task to carry out. In addition, they also referred not being adequately prepared to communicate this type of information. Even though, the clinical personnel consider training as a key strategy for the communication skills development, it was verified that these professionals indicated not having specific training on this field. Based on the results obtained, it is concluded that the clinical personnel typically promote the communication with the patient and his/her involvement in the decisions to be taken and the doctor plays regularly the key role in the “bad news” communication process.Nunes, Lucília, 1962-Barbosa, António, 1950-Repositório da Universidade de LisboaGonçalves, Ângela Carina Ramos, 1983-2014-05-29T14:30:13Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/11061TID:201136767porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:56:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/11061Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:34:51.382391Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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