Quando as ilhas se tornavam demasiado pequenas : as dificuldades empresariais de Abraão Bensaúde na ilha de S. Miguel (1818 a 1868)
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/427 |
Resumo: | Nas vésperas da revolução liberal portuguesa, quando vingava no arquipélago dos Açores o modelo agro-exportador assente na laranja, entraram vagas sucessivas de judeus, titulares de passaporte britânico mas designados por “hebreus marroquinos”, porque provenientes das cidades de Mogador, Mazagão, Tanger, Rabat, Agadir e Teuão. Esses imigrantes judeus, sem temerem as viagens longas e cansativas – viajavam incessantemente pelas ilhas, para o continente e para o Reino Unido – praticavam inicialmente o pequeno comércio ambulante, oferecendo mercadorias de fraco valor acrescentado e, sobretudo, facilitando crédito prolongado. Mercadores que foram responsáveis pela afirmação da economia monetária e, neste sentido, pela decisiva modernização do tecido económico insular, sendo o percurso da família Bensaúde, alicerçado em Salomão e Elias Bensaúde, o paradigma de uma estratégia de sucesso numa economia periférica. [...] |
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Quando as ilhas se tornavam demasiado pequenas : as dificuldades empresariais de Abraão Bensaúde na ilha de S. Miguel (1818 a 1868)História Económica Açoriana (séc. XIX)História dos Açores (séc. XIX)Nas vésperas da revolução liberal portuguesa, quando vingava no arquipélago dos Açores o modelo agro-exportador assente na laranja, entraram vagas sucessivas de judeus, titulares de passaporte britânico mas designados por “hebreus marroquinos”, porque provenientes das cidades de Mogador, Mazagão, Tanger, Rabat, Agadir e Teuão. Esses imigrantes judeus, sem temerem as viagens longas e cansativas – viajavam incessantemente pelas ilhas, para o continente e para o Reino Unido – praticavam inicialmente o pequeno comércio ambulante, oferecendo mercadorias de fraco valor acrescentado e, sobretudo, facilitando crédito prolongado. Mercadores que foram responsáveis pela afirmação da economia monetária e, neste sentido, pela decisiva modernização do tecido económico insular, sendo o percurso da família Bensaúde, alicerçado em Salomão e Elias Bensaúde, o paradigma de uma estratégia de sucesso numa economia periférica. [...]Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresDias, Fátima Sequeira2010-01-07T10:25:32Z20052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/427por"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vols. 9-10 (2005-2006): 385-3970871-7664info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:27:39Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/427Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:23:22.380811Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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