Hiperplasia de remanescentes mesonéfricos e Lesão Intraepitelial Pavimentosa de Alto Grau no colo do útero: descrição de um caso clínico e revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graça, Marta Filipa da Costa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12869
Resumo: A hiperplasia mesonéfrica é uma entidade benigna pouco frequente, sendo encontrada, na generalidade dos casos, de forma acidental, no colo uterino de mulheres assintomáticas. O sistema de ductos mesonéfricos regride, habitualmente, durante o desenvolvimento embrionário feminino, podendo permanecer estruturas vestigiais não funcionais, que se acredita que sejam precursoras das lesões mesonéfricas hiperplásicas. O diagnóstico da hiperplasia mesonéfrica baseia-se no exame histológico e imunohistoquímico de uma amostra de conização cervical ou histerectomia, obtida no contexto de outra patologia que pode surgir simultaneamente, e que não se relaciona diretamente com a lesão mesonéfrica. Neste estudo, descreve-se um caso clínico de uma doente do sexo feminino, de 48 anos de idade, assintomática, encaminhada a uma consulta de Ginecologia no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) pelo Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero, por teste de HPV de alto risco e HSIL na citologia cervical. Neste contexto, foi realizada biópsia cervical, dirigida por colposcopia, cujo estudo anatomopatológico mostrou displasia de alto grau (CIN3), com ampla expressão do marcador p16. Foi realizada, então, conização do colo do útero por ansa diatérmica, efetuando-se o diagnóstico definitivo de lesão intraepitelial pavimentosa de alto grau (CIN3), associada a hiperplasia de remanescentes mesonéfricos. Tendo por base este caso clínico, realizou-se uma revisão da literatura existente sobre esta entidade mesonéfrica, que mostrou que embora esteja bem caracterizada, pode ser, erroneamente, reconhecida como um processo maligno, dada a sua ampla variedade de formas de apresentação no colo uterino, pelo que é importante o seu reconhecimento.
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