Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lousada, Abílio
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/1293
Resumo: O 1º de Dezembro de 1640 consubstanciou um Golpe de Estado perpetrado por um conjunto de fidalgos portugueses que, «legitimados» pela anuência do 8º Duque de Bragança, negou a «suserania» de Castela ao Conjunto Português. Mas, a Restauração de Portugal não se restringiu a esse «momento forte»: é necessário recuar a 1581, ano em que Filipe II proclamou a Monarquia Dual, para compreender a sua génese; a Aclamação de Dom João IV e a sustentação dos seus sucessores no Trono decorreu até 1670, quando a Monarquia Hispânica, primeiro, e a Santa Sé, depois, reconheceram de jure a Dinastia de Bragança. Para a compreensão da viabilização do 1º de Dezembro partimos de uma questão central: “Que factores permitiram a negação da Monarquia Dual?”, procurando percepcionar as causas, as motivações e os factores que permitiram que uma pequena potência fosse capaz de recuperar a soberania continental por oposição de uma das grandes potências da época, a Monarquia Hispânica. Para o feito, utilizamos uma metodologia assente numa abordagem multidisciplinar, que implica a História, a Geopolítica e a Estratégia. Dessa forma, percebemos que os fundamentos históricos e o «nacionalismo» impuseram a restituição da Coroa aos herdeiros da Fundação; que os Restauradores viabilizaram a Nova Ordem Interna mediante a compreensão da conjuntura Geopolítica da Europa e das vantagens funcionais do seu espaço territorial, utilizados em prol do desenvolvimento de uma Estratégia capaz de materializar os seus desígnios, ou seja, garantir a independência territorial do País e a dignidade soberana da Nova Dinastia. ABSTRACT On December 1st, 1640, a group of Portuguese noblemen, feeling legitematized by the acquiescence of the 8th Duke of Bragança, put an end to the “suzerainty” of Castilla upon the Portuguese Ensemble. However, the Restoration of Portugal did not confine itself to this “strong” moment. In order to understand its genesis one must regress to 1581, when Philip II proclaimed the Dual Monarchy; the Acclamation of João IV and the consodidation of his heirs to the throne lasted until 1670, when the Spanish Monarchy, first, and later the Holy See recognized de jure the Dinasty of Bragança. This study is essentialy based upon a central, framework question, “What factors allowed the denial of the Dual Monarchy?” We propose to establish the reasons why such a minor power was able, not only to recover its mainland sovereignty against the opposition of one of the greatest powers of that time – the Spanish Monarchy. For this porpose wue have followed a multidiciplinary methodology based upon History, Geopolitics and Strategy. Thus we perceive that historical grounds and nationalism led to the restitution of the Crown to the lawful heirs of the nation’s Foundation; that the Restorers made the New Internal Order possible by fully understanding European geo-policies and the operational advantages of their own territory, having used this knowledge to develop a strategy that would assure the country’s territorial Independence and the sovereign dignity of the New Dinasty.
id RCAP_7b83a4c3acaa5fdd3ea4c4b67aff9159
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/1293
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)Monarquia DualAclamaçãoEstratégia dos RestauradoresO 1º de Dezembro de 1640 consubstanciou um Golpe de Estado perpetrado por um conjunto de fidalgos portugueses que, «legitimados» pela anuência do 8º Duque de Bragança, negou a «suserania» de Castela ao Conjunto Português. Mas, a Restauração de Portugal não se restringiu a esse «momento forte»: é necessário recuar a 1581, ano em que Filipe II proclamou a Monarquia Dual, para compreender a sua génese; a Aclamação de Dom João IV e a sustentação dos seus sucessores no Trono decorreu até 1670, quando a Monarquia Hispânica, primeiro, e a Santa Sé, depois, reconheceram de jure a Dinastia de Bragança. Para a compreensão da viabilização do 1º de Dezembro partimos de uma questão central: “Que factores permitiram a negação da Monarquia Dual?”, procurando percepcionar as causas, as motivações e os factores que permitiram que uma pequena potência fosse capaz de recuperar a soberania continental por oposição de uma das grandes potências da época, a Monarquia Hispânica. Para o feito, utilizamos uma metodologia assente numa abordagem multidisciplinar, que implica a História, a Geopolítica e a Estratégia. Dessa forma, percebemos que os fundamentos históricos e o «nacionalismo» impuseram a restituição da Coroa aos herdeiros da Fundação; que os Restauradores viabilizaram a Nova Ordem Interna mediante a compreensão da conjuntura Geopolítica da Europa e das vantagens funcionais do seu espaço territorial, utilizados em prol do desenvolvimento de uma Estratégia capaz de materializar os seus desígnios, ou seja, garantir a independência territorial do País e a dignidade soberana da Nova Dinastia. ABSTRACT On December 1st, 1640, a group of Portuguese noblemen, feeling legitematized by the acquiescence of the 8th Duke of Bragança, put an end to the “suzerainty” of Castilla upon the Portuguese Ensemble. However, the Restoration of Portugal did not confine itself to this “strong” moment. In order to understand its genesis one must regress to 1581, when Philip II proclaimed the Dual Monarchy; the Acclamation of João IV and the consodidation of his heirs to the throne lasted until 1670, when the Spanish Monarchy, first, and later the Holy See recognized de jure the Dinasty of Bragança. This study is essentialy based upon a central, framework question, “What factors allowed the denial of the Dual Monarchy?” We propose to establish the reasons why such a minor power was able, not only to recover its mainland sovereignty against the opposition of one of the greatest powers of that time – the Spanish Monarchy. For this porpose wue have followed a multidiciplinary methodology based upon History, Geopolitics and Strategy. Thus we perceive that historical grounds and nationalism led to the restitution of the Crown to the lawful heirs of the nation’s Foundation; that the Restorers made the New Internal Order possible by fully understanding European geo-policies and the operational advantages of their own territory, having used this knowledge to develop a strategy that would assure the country’s territorial Independence and the sovereign dignity of the New Dinasty.Universidade LusíadaRepositório ComumLousada, Abílio2011-09-23T15:08:35Z2007-01-01T00:00:00Z2007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/1293por0873-1330info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:08:11Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/1293Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:26:42.417270Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
title Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
spellingShingle Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
Lousada, Abílio
Monarquia Dual
Aclamação
Estratégia dos Restauradores
title_short Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
title_full Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
title_fullStr Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
title_full_unstemmed Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
title_sort Portugal na Monarquia Dual : O Tempo dos Filipes (1580-1640)
author Lousada, Abílio
author_facet Lousada, Abílio
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Lousada, Abílio
dc.subject.por.fl_str_mv Monarquia Dual
Aclamação
Estratégia dos Restauradores
topic Monarquia Dual
Aclamação
Estratégia dos Restauradores
description O 1º de Dezembro de 1640 consubstanciou um Golpe de Estado perpetrado por um conjunto de fidalgos portugueses que, «legitimados» pela anuência do 8º Duque de Bragança, negou a «suserania» de Castela ao Conjunto Português. Mas, a Restauração de Portugal não se restringiu a esse «momento forte»: é necessário recuar a 1581, ano em que Filipe II proclamou a Monarquia Dual, para compreender a sua génese; a Aclamação de Dom João IV e a sustentação dos seus sucessores no Trono decorreu até 1670, quando a Monarquia Hispânica, primeiro, e a Santa Sé, depois, reconheceram de jure a Dinastia de Bragança. Para a compreensão da viabilização do 1º de Dezembro partimos de uma questão central: “Que factores permitiram a negação da Monarquia Dual?”, procurando percepcionar as causas, as motivações e os factores que permitiram que uma pequena potência fosse capaz de recuperar a soberania continental por oposição de uma das grandes potências da época, a Monarquia Hispânica. Para o feito, utilizamos uma metodologia assente numa abordagem multidisciplinar, que implica a História, a Geopolítica e a Estratégia. Dessa forma, percebemos que os fundamentos históricos e o «nacionalismo» impuseram a restituição da Coroa aos herdeiros da Fundação; que os Restauradores viabilizaram a Nova Ordem Interna mediante a compreensão da conjuntura Geopolítica da Europa e das vantagens funcionais do seu espaço territorial, utilizados em prol do desenvolvimento de uma Estratégia capaz de materializar os seus desígnios, ou seja, garantir a independência territorial do País e a dignidade soberana da Nova Dinastia. ABSTRACT On December 1st, 1640, a group of Portuguese noblemen, feeling legitematized by the acquiescence of the 8th Duke of Bragança, put an end to the “suzerainty” of Castilla upon the Portuguese Ensemble. However, the Restoration of Portugal did not confine itself to this “strong” moment. In order to understand its genesis one must regress to 1581, when Philip II proclaimed the Dual Monarchy; the Acclamation of João IV and the consodidation of his heirs to the throne lasted until 1670, when the Spanish Monarchy, first, and later the Holy See recognized de jure the Dinasty of Bragança. This study is essentialy based upon a central, framework question, “What factors allowed the denial of the Dual Monarchy?” We propose to establish the reasons why such a minor power was able, not only to recover its mainland sovereignty against the opposition of one of the greatest powers of that time – the Spanish Monarchy. For this porpose wue have followed a multidiciplinary methodology based upon History, Geopolitics and Strategy. Thus we perceive that historical grounds and nationalism led to the restitution of the Crown to the lawful heirs of the nation’s Foundation; that the Restorers made the New Internal Order possible by fully understanding European geo-policies and the operational advantages of their own territory, having used this knowledge to develop a strategy that would assure the country’s territorial Independence and the sovereign dignity of the New Dinasty.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-01-01T00:00:00Z
2007-01-01T00:00:00Z
2011-09-23T15:08:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/1293
url http://hdl.handle.net/10400.26/1293
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0873-1330
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Lusíada
publisher.none.fl_str_mv Universidade Lusíada
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130130002477056