A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Duarte
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77
Resumo: A utilização das águas como meio de tratamento e de cura, no que é hoje o território português, é muito antiga, e anterior à fundação da nacionalidade. No Minho rural e profundamente católico do século XVIII, as águas aqui tão abundantes, usavam-se empiricamente como meio de tratamento, pela sua temperatura ou mineralização, mas também por propriedades milagrosas que lhe eram atribuídas, diretamente ou por interseção de algum santo padroeiro. O objetivo do presente trabalho foi entender a importância das águas para a saúde da população minhota e rural no século XVIII, mas integrada no fenómeno religioso e no quadro do estudo das vivências e mentalidades desta população na Idade Moderna. Nesse sentido foram essencialmente estudadas duas obras, o Aquilégio Medicinal, um tratado de águas medicinais de 1726, e as Memórias Paroquiais de 1758, referentes aos distritos de Braga e Viana do Castelo, um enorme acervo documental para o conhecimento do Portugal setecentista. Os autores concluíram que a experiência curativa era uma experiência religiosa e a representação social das águas como meio de cura estava então alicerçada em elementos mágicos e religiosos, e povoada por crenças, mitos, superstições e, sobretudo pelos suportes materiais e devocionais da religião Católica. Nesta interseção entre propriedades físico-químicas e medicinais das águas e virtudes, mais ou menos miraculosas, que a lenda, o imaginário popular e o devocionário católico consagraram, os autores propõe uma viagem a uma época histórica do termalismo português em que se fazem os primeiros trabalhos e publicações sobre águas e suas propriedades medicinais.
id RCAP_7ba89bddca99a294febe7b47fc70d995
oai_identifier_str oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/77
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIIIA utilização das águas como meio de tratamento e de cura, no que é hoje o território português, é muito antiga, e anterior à fundação da nacionalidade. No Minho rural e profundamente católico do século XVIII, as águas aqui tão abundantes, usavam-se empiricamente como meio de tratamento, pela sua temperatura ou mineralização, mas também por propriedades milagrosas que lhe eram atribuídas, diretamente ou por interseção de algum santo padroeiro. O objetivo do presente trabalho foi entender a importância das águas para a saúde da população minhota e rural no século XVIII, mas integrada no fenómeno religioso e no quadro do estudo das vivências e mentalidades desta população na Idade Moderna. Nesse sentido foram essencialmente estudadas duas obras, o Aquilégio Medicinal, um tratado de águas medicinais de 1726, e as Memórias Paroquiais de 1758, referentes aos distritos de Braga e Viana do Castelo, um enorme acervo documental para o conhecimento do Portugal setecentista. Os autores concluíram que a experiência curativa era uma experiência religiosa e a representação social das águas como meio de cura estava então alicerçada em elementos mágicos e religiosos, e povoada por crenças, mitos, superstições e, sobretudo pelos suportes materiais e devocionais da religião Católica. Nesta interseção entre propriedades físico-químicas e medicinais das águas e virtudes, mais ou menos miraculosas, que a lenda, o imaginário popular e o devocionário católico consagraram, os autores propõe uma viagem a uma época histórica do termalismo português em que se fazem os primeiros trabalhos e publicações sobre águas e suas propriedades medicinais.Acta Farmacêutica Portuguesa2016-05-07T00:00:00Zjournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/77Acta Farmacêutica Portuguesa; v. 4 n. 2 (2015): Acta Farmacêutica Portuguesa; 83-1002182-3340reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77/123Araújo, Duarteinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-09-05T12:29:46Zoai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/77Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:59:55.348301Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
title A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
spellingShingle A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
Araújo, Duarte
title_short A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
title_full A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
title_fullStr A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
title_full_unstemmed A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
title_sort A Água na Saúde da População Rural do Minho no Século XVIII
author Araújo, Duarte
author_facet Araújo, Duarte
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Araújo, Duarte
description A utilização das águas como meio de tratamento e de cura, no que é hoje o território português, é muito antiga, e anterior à fundação da nacionalidade. No Minho rural e profundamente católico do século XVIII, as águas aqui tão abundantes, usavam-se empiricamente como meio de tratamento, pela sua temperatura ou mineralização, mas também por propriedades milagrosas que lhe eram atribuídas, diretamente ou por interseção de algum santo padroeiro. O objetivo do presente trabalho foi entender a importância das águas para a saúde da população minhota e rural no século XVIII, mas integrada no fenómeno religioso e no quadro do estudo das vivências e mentalidades desta população na Idade Moderna. Nesse sentido foram essencialmente estudadas duas obras, o Aquilégio Medicinal, um tratado de águas medicinais de 1726, e as Memórias Paroquiais de 1758, referentes aos distritos de Braga e Viana do Castelo, um enorme acervo documental para o conhecimento do Portugal setecentista. Os autores concluíram que a experiência curativa era uma experiência religiosa e a representação social das águas como meio de cura estava então alicerçada em elementos mágicos e religiosos, e povoada por crenças, mitos, superstições e, sobretudo pelos suportes materiais e devocionais da religião Católica. Nesta interseção entre propriedades físico-químicas e medicinais das águas e virtudes, mais ou menos miraculosas, que a lenda, o imaginário popular e o devocionário católico consagraram, os autores propõe uma viagem a uma época histórica do termalismo português em que se fazem os primeiros trabalhos e publicações sobre águas e suas propriedades medicinais.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-05-07T00:00:00Z
dc.type.driver.fl_str_mv journal article
info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77
oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/77
url https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77
identifier_str_mv oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/77
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77
https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/77/123
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa
publisher.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa
dc.source.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa; v. 4 n. 2 (2015): Acta Farmacêutica Portuguesa; 83-100
2182-3340
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799129871665856512