O cleptoparasitismo na dieta da Cegonha-branca
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/4220 |
Resumo: | Nos dias de hoje facilmente detectamos a presença de espécies de aves que aproveitam a disponibilidade trófica presente nas lixeiras e aterros sanitários, sendo a cegonha-branca Ciconia ciconia um dos exemplos mais comuns deste comportamento. As duas espécies de milhafre que ocorrem na região de Évora, em Portugal, o milhafre-real Milvus milvus e o milhafre-preto Milvus migrans costumam apresentar um comportamento cleptoparasítico, principalmente sobre as espécies que ocorrem no Aterro Intermunicipal de Évora. Neste estudo tentámos avaliar se esta pressão parasítica poderá influenciar o comportamento alimentar das cegonhas-brancas. Foram realizadas 46 horas de observação no local divididas pelas épocas de reprodução (Maio e Junho) e de invernada (Novembro) da cegonha-branca. Ao longo deste período registaram-se todas as situações em que se verificou o comportamento parasítico das duas espécies de milhafre sobre as cegonhas-brancas. Em cada um dos ataques registados deu-se particular atenção ao número total de indivíduos parasitas, à duração da perseguição e a três possíveis situações: (1) o roubo do item pelos milhafres; (2) a tentativa fracassada de roubo do item pelo milhafre; e (3) a perda do item por ambas as espécies. Apesar de, em cada época, se ter obtido uma correlação positiva entre o número total de indivíduos de cada espécie de milhafre e o de cegonha-branca, verificou-se que a maior pressão parasítica (97%) ocorre durante a época de reprodução, pelos milhafres-pretos. Contudo esta pressão não é suficiente para influenciar o comportamento das cegonhas-brancas. |
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