A voz começante de Maria Gabriela Llansol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/11580 |
Resumo: | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos Portugueses – Literatura |
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A voz começante de Maria Gabriela LlansolPerformanceLlansolCorpoDissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos Portugueses – LiteraturaO leitor encontrará aqui considerações sobre uma escrita que aponta impetuosamente para fora de si mesma, instigando-nos a ver em sua interioridade um recomeço e uma metamorfose de nós mesmos como seres de linguagem. Onde Vais, Drama-Poesia?, pergunta um título de Maria Gabriela Llansol (1931–2008), num trajeto que coloca em jogo uma conhecida divisão, con-fundindo as categorias clássicas de drama e de poesia. A pergunta se volta à tradição, ao dirigir-se à própria literatura enquanto sistema, transformando a sua nomenclatura, as suas fronteiras, com um atravessamento. A ação dialógica do drama caminha junto à ação criadora da poesia, formando um terceiro ao qual quem escreve está se dirigindo. A interrogação pressupõe, assim, uma espécie de monstro, um pseudogênero que está em movimento e que se cria no próprio proferimento da questão – que, entretanto, parece ser dita em meio a acontecimentos já em curso, preexistentes à própria questão, sem preâmbulos. Unem-se dois gêneros que indicam a performatividade, o aqui-agora do fazer. Drao, em grego, é ação; poiesis é criação, confecção. O eu e do tu, o autor e o leitor, o nós e o vocês, isolados de modo que se possam conhecer bem seus contornos, se reconfiguram com as surpresas da prática da leitura, que Llansol enfatiza com a palavra legente no lugar de leitor. O corte que é feito no drama-poesia não dissocia escrita de relação humana. Leitura aí concebida não como decodificação, mas participação improvável em outras formas de corpo. Essa escrita reverte todo o automatismo da linguagem na possibilidade de ler como destruir, instaurando no mesmo gesto o cuidado da possibilidade de recomeçar: o corpo não se quer separado do que realiza. Como se todas as formas, literárias ou espaciais, não fizessem mais sentido em se conceberem imóveis. Como se a própria relação com o corpo devesse ser completamente revista, sem diferenciar o que está dentro ou fora do texto, que é pulsar de afecto corporal. Daí também a preferência de Llansol pela palavra escrevente: alguém que escreve sem medo da deformação pelos caminhos que trilha. Como se o que devêssemos aprender a ler fosse uma camada moldável, transparente, em confluência com a hibridez do espaço e todos os seus ruídos.Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de LisboaRUNBethonico, Bernardo Barros2014-03-13T11:46:20Z2012-092012-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/11580porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:46:07Zoai:run.unl.pt:10362/11580Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:20:23.992423Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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