Caracterização e fracionamento do extrato pirolenhoso de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Maria João Gonçalves de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/42430
Resumo: Este trabalho centrou-se no Extrato Pirolenhoso (EPL) produzido pela empresa onde decorreu o estágio, durante o processo de carbonização da madeira de eucalipto para obtenção de carvão vegetal. Pretendeu-se estudar o EPL de modo a conhecer a sua composição química e estabelecer um método de isolamento da fração orgânica rica em compostos com valor comercial e aplicação em diversas indústrias. Foram realizadas extrações líquido-líquido e pretendeu-se definir a metodologia que permitisse obter a maior quantidade de extrato orgânico possível, com o objetivo deste poder vir a ser comercializado diretamente ou após fracionamento. Outro dos objetivos foi também a análise do efluente aquoso da extração a que se submeteu o EPL e a tentativa de diminuição da sua carga poluente. Pelo trabalho experimental desenvolvido concluiu-se que a composição do EPL é similar às definidas na literatura e que a melhor taxa de extração deste foi obtida com a utilização do acetato de etilo, procedendo-se a uma extração múltipla, com solvente a uma temperatura entre 5 e 10ºC. Verificou-se que não deveria haver alteração do pH inicial do EPL, sob pena de não ser possível efetivar o processo extrativo. Determinou-se a melhor relação mássica solvente/EPL que se verificou ser de 100 g de solvente para 80 g de EPL. Com estas análises foi possível definir as condições mais favoráveis à realização da extração líquido-líquido do EPL. No decorrer do trabalho verificou-se através da determinação do CQO que ainda existe uma elevada quantidade de matéria orgânica na fase aquosa (FA) resultante da extração líquido-líquido do EPL, sendo estes valores dependentes do elevado teor inicial de matéria orgânica do EPL. Foi definida uma metodologia que diminuísse esta carga orgânica da FA que consistiu em realizar uma destilação e uma etapa de oxidação com peróxido de hidrogénio, tendo sido testados dois tratamentos diferentes, invertendo-se num deles a ordem das operações de oxidação e destilação. Verificou-se ser mais vantajoso realizar primeiro a oxidação da matéria orgânica, mas a redução da carga orgânica conseguida não se considerou suficiente para combater eficazmente a carga poluente deste “efluente” aquoso, que necessitará sempre de tratamento posterior antes de ser descartado para o ambiente.
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