AS EMOÇÕES DOS ENFERMEIROS PERANTE A CRIANÇA EM FIM DE VIDA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, César
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/1317
Resumo: O processo de morte e morrer, desde sempre que foi objeto de muita especulação e de muito interesse por parte do homem, uma vez que envolve sentimentos e emoções ao seu redor. Todavia, é no contexto hospitalar, em especial o enfermeiro que trabalha com crianças que esse assunto se torna mais desafiador, visto que estes profissionais podem deparar-se por vezes com as crianças em fim de vida, no seu dia a dia. Foi objetivo deste estudo identificar as emoções e que apoio emocional possuem, os enfermeiros enquanto prestadores de cuidados no processo de fim de vida e morrer da criança. Para concretizar este objetivo fizemos revisão bibliográfica sobre as emoções e a razão, a morte e sobre as emoções dos enfermeiros perante a criança em fim de vida. Foi aplicado um questionário a uma amostra de enfermeiros de quatro hospitais distritais das beiras, que tinham contacto direto com crianças. A metodologia utilizada foi uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo e analítico. Este estudo teve como relevância o aumento de conhecimento relacionado com o processo de morte e morrer, permitindo assim uma reflexão a respeito das emoções e do suporte emocional que possuem os enfermeiros ligados diretamente a crianças e, por vezes, no processo de morrer e morte. Os resultados deste estudo revelam-nos que os enfermeiros experimentam sentimentos e emoções variados muito mais desconfortantes do que confortantes. Concluímos que o género, a idade, a religião, o tempo de exercício profissional, o tempo de exercício profissional na área da pediatria, a categoria profissional, o serviço onde desempenham funções e o tipo de apoio, ao contrário do que prevíamos, não são fatores que influenciam as emoções dos enfermeiros perante a criança em fim de vida. No que diz respeito ao apoio de que necessitam, sublinham o apoio psicológico. Após análise factorial identificamos cinco dimensões das emoções designadas por: falta de esperança, conflito interno, empatia, afetos e animo.
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