Sobrepeso e obesidade pediátrica: a realidade portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-90252016000100005 |
Resumo: | Objetivo Determinar e comparar a prevalência de sobrepeso e obesidade numa amostra de crianças e adolescentes portugueses, usando 3 critérios de referência baseados no índice de massa corporal (IMC): Center for Disease Control and Prevention (CDC), Organização Mundial de Saúde (OMS) e International Obesity Task Force (IOTF). Métodos Estudo transversal descritivo. Amostra constituída por crianças e adolescentes, participantes num rastreio nacional, decorrido em 17 cidades portuguesas entre 2007-2009, no âmbito da Jornada Nacional de Rastreio de Obesidade Infantil, promovida pela secção de Pediatria Ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria. O peso e estatura foram obtidos e o IMC (kg/m²) calculado de acordo com a fórmula: peso (kg)/estatura (m)². Os dados foram analisados usando os critérios propostos pelas 3 referências. O grau de concordância foi calculado através do coeficiente kappa. Resultados Rastrearam-se 6.175 crianças e adolescentes, 52% do género feminino, idade média 8,3 anos. Segundo os critérios do CDC, a prevalência global de sobrepeso e obesidade foi 18,7 e 13,4%. A prevalência de sobrepeso e obesidade segundo os critérios da OMS foi 20,5 e 14,9%, e da IOTF 20,1 e 7,2%. Os critérios IOTF apresentaram prevalências globalmente inferiores de obesidade, mostrando menor sensibilidade na sua deteção. Os critérios da CDC e da OMS apresentaram um maior grau de reprodutibilidade na deteção global da obesidade, traduzindo-se em valores de prevalência mais elevados. Conclusão As elevadas taxas de peso excessivo, neste estudo, são concordantes com a literatura e tornam premente a implementação de programas de prevenção. Apesar de, na generalidade, os 3 critérios apresentarem um nível de concordância bom, a disparidade nos resultados obtidos alerta para a necessidade do uso criterioso das referências na determinação de parâmetros de avaliação do status nutricional em idade pediátrica, bem como na sua interpretação e comparação com a literatura. |
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