Impacto do mercúrio na saúde humana : Aveiro como caso de estudo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Ana Teresa Lemos Pereira Saúde
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/3008
Resumo: Situada no Complexo Químico de Estarreja, uma fábrica que produzia cloro e soda com recurso a células de mercúrio esteve activa durante 50 anos. As emissões atmosféricas, bem como os efluentes líquidos, causaram contaminação no ambiente vizinho. Embora a produção por este processo tenha sido completamente cessada em 2002, a contaminação com mercúrio da área próxima do Complexo Químico ainda é significativa. O principal objectivo deste trabalho consistiu em avaliar os actuais níveis de mercúrio na área próxima da fábrica em vários compartimentos ambientais e a eventual incorporação do mesmo na cadeia alimentar, bem como os potenciais riscos para a população local de Estarreja. Os dados aqui apresentados constituem o primeiro estudo integrado da potencial contaminação com mercúrio das cadeias alimentares terrestre e aquática da zona de Estarreja, podendo o metal atingir o Ser Humano. Foram recolhidas amostras de solo em campos agrícolas que rodeiam o Complexo Químico de Estarreja; foram também analisadas amostras da planta forrageira e legumes mais comuns na região, água de poços e de um ribeiro usadas para rega, e várias espécies de peixe capturadas na Ria de Aveiro, com o objectivo de adquirir conhecimento acerca da contaminação com mercúrio na cadeia alimentar terrestre e aquática. Para avaliar a exposição da população, foram analisadas amostras de cabelo de residentes locais. A concentração de mercúrio total na camada superficial do solo (0-15 cm) foi muito variável (0.010 a 91 mg kg−1), embora os níveis mais elevados se encontrem confinados numa área delimitada. Nas amostras de planta forrageira, de um modo geral encontraram-se níveis mais elevados de mercúrio nas raízes do que nas partes aéreas, e os níveis do metal nas plantas estão relacionados com a concentração do metal no solo. Todas as amostras de água consideradas apresentaram níveis de mercúrio inferiores ao limite definido na legislação Portuguesa (1.0 μg L-1), tendo sido verificado o mesmo para todas as amostras de peixe. Também os legumes analisados apresentaram uma concentração máxima de 0.17 mg kg-1. Estes resultados demonstram que, de um modo geral, os alimentos não se encontram contaminados e não devem ser responsáveis por uma exposição significativa do Ser Humano ao mercúrio. Os níveis de mercúrio encontrados no cabelo da população de Estarreja podem ser considerados dentro dos limites normais, de acordo com as guidelines da Organização Mundial de Saúde, sugerindo que a população local não está a ser afectada pelo mercúrio que ainda permanece no ambiente. Apesar de a região de Estarreja ter sido submetida a décadas de emissões de mercúrio, actualmente este metal apenas é encontrado em concentrações relevantes em áreas bem delimitadas, e não parece constituir um risco para a população local, se o uso destas áreas for restringido e monitorizado. Para interpretar os dados obtidos utilizou-se uma relação Fonte – Vias de Exposição – Receptor, que permite fazer conexão entre a contaminação provocada pela fábrica de cloro-soda de Estarreja e a população local. Este trabalho permite complementar os resultados de trabalhos anteriormente realizados sobre a presença de mercúrio no ambiente aquático, contribuindo para um maior conhecimento da actual situação de contaminação com mercúrio da zona de Estarreja. ABSTRACT: A mercury–cell chlor-alkali plant operated in Estarreja (North-western Portugal) for 50 years and caused widespread contamination of the neighbouring environment. Although production by this process ceased in 2002, mercury (Hg) contamination from the existing plant remains significant. The main objective of this study was to investigate mercury impact on the nearby environment and potential risks to local population. To assess the level of contamination soil samples were collected from agricultural fields in the vicinity of the chlor-alkali plant, extending the study by taking samples of the predominant vegetation suitable for animal and human consumption, water samples, and several fish species from a nearby coastal lagoon, with the aim of gaining a preliminary insight into the potential for contamination of the terrestrial and aquatic food web. In order to determine population exposure to mercury, hair samples were collected from local residents. Total mercury concentration in the 0-15 cm layer of soil was found to be highly variable, ranging between 0.010 and 91 mg kg−1, although mercury contamination of soils was found to be restricted to a confined area. Lolium perenne roots contained between 0.0070 and 2.0 mg kg-1, and there is evidence that root systems uptake mercury from the soil. Levels of mercury in the aerial parts of plants ranged between 0.018 and 0.98 mg kg-1. It appears that higher mercury concentration in soils and roots implies higher mercury concentration in leaves. Total mercury concentrations in water samples ranged between 12 and 846 ng L-1, all samples presenting concentrations below the maximum level allowable for drinking water defined in the Portuguese law (1.0 μg L-1). Mercury levels in all fish samples were below the maximum limit defined in the Portuguese law (0.5 mg kg-1), ranging from 0.0040 to 0.24 mg kg-1. Also, vegetables collected presented maximum mercury concentration of 0.17 mg kg- 1. These results show that, in general, food is not contaminated and should not be responsible for major Human exposure to the metal. Mercury determined in Human hair samples can be considered within normal limits, according to WHO guidelines suggesting that it is not affecting the local population. Despite being subject to decades of mercury emissions, nowadays this pollutant is only found in limited small areas and must not constitute a risk for Human health, should these areas be restricted and monitored. A Source-Pathway-Receptor conceptual framework was used for a preliminary assessment of risks arising from historical mercury contamination. Considering the present data, it appears that the population from Estarreja is currently not being affected by mercury levels that still remain in the environment.
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Apesar de a região de Estarreja ter sido submetida a décadas de emissões de mercúrio, actualmente este metal apenas é encontrado em concentrações relevantes em áreas bem delimitadas, e não parece constituir um risco para a população local, se o uso destas áreas for restringido e monitorizado. Para interpretar os dados obtidos utilizou-se uma relação Fonte – Vias de Exposição – Receptor, que permite fazer conexão entre a contaminação provocada pela fábrica de cloro-soda de Estarreja e a população local. Este trabalho permite complementar os resultados de trabalhos anteriormente realizados sobre a presença de mercúrio no ambiente aquático, contribuindo para um maior conhecimento da actual situação de contaminação com mercúrio da zona de Estarreja. ABSTRACT: A mercury–cell chlor-alkali plant operated in Estarreja (North-western Portugal) for 50 years and caused widespread contamination of the neighbouring environment. 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Foram recolhidas amostras de solo em campos agrícolas que rodeiam o Complexo Químico de Estarreja; foram também analisadas amostras da planta forrageira e legumes mais comuns na região, água de poços e de um ribeiro usadas para rega, e várias espécies de peixe capturadas na Ria de Aveiro, com o objectivo de adquirir conhecimento acerca da contaminação com mercúrio na cadeia alimentar terrestre e aquática. Para avaliar a exposição da população, foram analisadas amostras de cabelo de residentes locais. A concentração de mercúrio total na camada superficial do solo (0-15 cm) foi muito variável (0.010 a 91 mg kg−1), embora os níveis mais elevados se encontrem confinados numa área delimitada. Nas amostras de planta forrageira, de um modo geral encontraram-se níveis mais elevados de mercúrio nas raízes do que nas partes aéreas, e os níveis do metal nas plantas estão relacionados com a concentração do metal no solo. 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Apesar de a região de Estarreja ter sido submetida a décadas de emissões de mercúrio, actualmente este metal apenas é encontrado em concentrações relevantes em áreas bem delimitadas, e não parece constituir um risco para a população local, se o uso destas áreas for restringido e monitorizado. Para interpretar os dados obtidos utilizou-se uma relação Fonte – Vias de Exposição – Receptor, que permite fazer conexão entre a contaminação provocada pela fábrica de cloro-soda de Estarreja e a população local. Este trabalho permite complementar os resultados de trabalhos anteriormente realizados sobre a presença de mercúrio no ambiente aquático, contribuindo para um maior conhecimento da actual situação de contaminação com mercúrio da zona de Estarreja. ABSTRACT: A mercury–cell chlor-alkali plant operated in Estarreja (North-western Portugal) for 50 years and caused widespread contamination of the neighbouring environment. 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These results show that, in general, food is not contaminated and should not be responsible for major Human exposure to the metal. Mercury determined in Human hair samples can be considered within normal limits, according to WHO guidelines suggesting that it is not affecting the local population. Despite being subject to decades of mercury emissions, nowadays this pollutant is only found in limited small areas and must not constitute a risk for Human health, should these areas be restricted and monitored. A Source-Pathway-Receptor conceptual framework was used for a preliminary assessment of risks arising from historical mercury contamination. Considering the present data, it appears that the population from Estarreja is currently not being affected by mercury levels that still remain in the environment.
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