Tratamentos Fitossanitários em Olival
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/2362 |
Resumo: | A oliveira (Olea europea L.) é uma cultura bastante bem adaptada às condições edafo-climáticas de Portugal, onde apresenta uma grande importância socioeconómica. Actualmente, o mercado altamente competitivo obriga à ponderação de todos os factores que possam influenciar directa ou indirectamente na produção e em especial a qualidade do azeite, entre os factores que é necessário ter em conta encontra-se a protecção fitossanitária da cultura. A área de olival plantada tem vindo a aumentar de ano para ano, o que demonstra a importância da olivicultura no contexto da agricultura portuguesa. É uma actividade agrícola em modernização quer pela plantação de novos olivais, quer pela introdução de rega e mecanização de várias operações culturais. Muitos aspectos negativos relacionados com o efeito de algumas práticas culturais em relação ao ambiente estão merecendo atenção tanto por parte da comunidade científica, como por parte da comunidade agrícola em geral. Para controlar infestantes, os agricultores normalmente recorrem a alfaias como a grade de discos, a charrua de aivecas e escarificadores. A utilização destas alfaias além de provocar muitas vezes danos nas raízes das árvores contribui também para a erosão hídrica dos solos, com consequências nefastas para o ambiente. A erosão hídrica causa não só uma redução da espessura dos solos ao longo do tempo como igualmente o arrastamento de matérias orgânicas, fertilizantes, etc., com consequências na poluição das águas dos rios, assoreamento de barragens e entupimento de canalizações. Quando o solo se encontra plástico, também a compactação provocada pela charrua ou pela grade terá consequência a nível de infiltração da água e crescimento das raízes das plantas. A alternativa à mobilização do olival passará por cobrir o solo com vegetação espontânea ou semeada, o que contribuirá para a redução da erosão e o aumento da porosidade biológica com consequências no aumento da infiltração da água da chuva e no crescimento das raízes. Além disso, haverá um acréscimo da fauna benéfica no solo, uma redução nos custos de produção e uma melhoria bastante significativa na transitabilidade dos equipamentos utilizados no olival, principalmente os de colheita de azeitona, sendo este aspecto muito importante, pois a colheita coincide normalmente com a época das chuvas. A vegetação no olival, como em praticamente todas as outras culturas, desenvolve-se no período Outono/Inverno e Primavera, sendo necessário o seu controlo (químico ou mecânico) de modo a evitar a competição com a árvore a nível de nutrientes e água, bem como facilitar as operações culturais, sendo muito importante o controlo das infestantes debaixo da copa das oliveiras a fim de facilitar a colheita da azeitona e evitar riscos de incêndio, quando secarem. Os equipamentos usados nos tratamentos fitossanitários do olival têm evoluído bastante nos últimos anos, permitindo a redução do número de passagens dos tractores, o que favorece a redução da compactação do solo. Para uma aplicação eficiente dos herbicidas e de outros fitofármacos (fungicidas, insecticidas, etc.), vários aspectos terão que ser levados em conta, como sejam: escolha do aparelho de pulverização adequado; escolha correcta do produto que se pretende aplicar para controlar infestantes ou combater doenças e/ou pragas; aplicar as doses correctas; regular adequadamente o pulverizador (volume de aplicação e altura da barra de pulverização) e não fazer aplicações quando as condições climáticas forem adversas. |
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