Utopias e distopias feministas: futuros alternativos e novas tecnologias reprodutivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/38437 |
Resumo: | As utopias feministas podem ser descritas como exercícios intelectuais de extrapolação futura e invenção crítica de novos cenários familiares, sociais e políticos mais adequados a visões de um mundo melhor, de um ponto de vista feminino, liberto de rígidas e repressivas estruturas patriarcais. Neste sentido transformam-se em instrumentos extremamente úteis na visualisação de mundos mais igualitários. As distopias, por seu lado, surgem predominantemente em tempos de crise, dramatizando as problemáticas dominantes e por vezes levando as suas possíveis ramificações até às consequências mais drásticas, constituindo-se como um aviso e chamada de atenção para problemas futuros que poderão ainda ser prevenidos se lhes for prestada a atenção devida e encontradas soluções para os resolver. A par de uma visão geral e contextualização dos maiores agrupamentos de utopias e distopias feministas este artigo elencará algumas das temáticas sobre as quais estas narrativas incidem mais enfaticamente e analisará mais em pormenor de que maneira a biologia feminina tem condicionado o papel da mulher, reflectindo também sobre as possibilidades de mudança que se perfilam num horizonte próximo como resultado da implementação de novas tecnologias reprodutivas. |
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Utopias e distopias feministas: futuros alternativos e novas tecnologias reprodutivasUtopiaSociedades separatistasIgualdade de géneroNovas tecnologias reprodutivasEctogéneseAs utopias feministas podem ser descritas como exercícios intelectuais de extrapolação futura e invenção crítica de novos cenários familiares, sociais e políticos mais adequados a visões de um mundo melhor, de um ponto de vista feminino, liberto de rígidas e repressivas estruturas patriarcais. Neste sentido transformam-se em instrumentos extremamente úteis na visualisação de mundos mais igualitários. As distopias, por seu lado, surgem predominantemente em tempos de crise, dramatizando as problemáticas dominantes e por vezes levando as suas possíveis ramificações até às consequências mais drásticas, constituindo-se como um aviso e chamada de atenção para problemas futuros que poderão ainda ser prevenidos se lhes for prestada a atenção devida e encontradas soluções para os resolver. A par de uma visão geral e contextualização dos maiores agrupamentos de utopias e distopias feministas este artigo elencará algumas das temáticas sobre as quais estas narrativas incidem mais enfaticamente e analisará mais em pormenor de que maneira a biologia feminina tem condicionado o papel da mulher, reflectindo também sobre as possibilidades de mudança que se perfilam num horizonte próximo como resultado da implementação de novas tecnologias reprodutivas.Feminist utopias can be described as thought experiments in speculative fiction, extrapolating into the future new family, social and political scenarios deemed more adequate to feminine visions of a better world, freed from repressive patriarchal structures. They can thus become useful narrative instruments in terms of imagining more egalitarian worlds. Dystopias, in turn, usually appear in times of crisis, fictionally dramatizing the dominant questions and taking the potential repercussions of these problems to their most drastic consequences. They are thus cautionary tales, warning against those future dangers that may still be prevented if sufficient attention is paid to solve them. Alongside a general overview and contextualization of the most important clusters of feminist utopias and dystopias, this article will analyse some of the most relevant thematic concerns. Particular attention will be given to the ways in which biology has conditioned women’s roles as well as the potential for change as a result of the implementation of new reproductive technologies.UA Editora2023-07-10T08:07:02Z2019-05-13T00:00:00Z2019-05-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/38437por0870-154710.34624/rual.v0i6.3076Ferreira, Maria Alineinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:15:02Zoai:ria.ua.pt:10773/38437Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:08:53.618511Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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