Variabilidade genética dos receptores dos estrogénios e patologia ginecológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/26145 |
Resumo: | Introdução: Os estrogénios influenciam muitos processos fisiológicos nos mamíferos, quer ligados aos órgãos reprodutivos e glândulas mamárias, quer ao sistema cardiovascular, ao metabolismo ósseo e mesmo ao comportamento. Os receptores dos estrogénios têm um papel central na acção destas hormonas nos tecidos e órgãos-alvo. São conhecidos dois subtipos de receptores dos estrogénios: Receptor dos Estrogénios-Alfa, o mais abundante no organismo, codificado pelo gene ESR1, localizado no cromossoma 6; e o Receptor dos Estrogénios-Beta, codificado pelo gene ESR2, situado no cromossoma 14. Vários polimorfismos têm sido identificados em ambos os genes, com graus variáveis de evidência da sua importância biológica e de associação a determinadas doenças ginecológicas. Objectivos: Este trabalho consiste numa revisão bibliográfica sobre o papel dos polimorfismos dos receptores dos estrogénios em diversas patologias do foro ginecológico/obstétrico, com o objectivo de melhor compreender a susceptibilidade a patologias relacionadas com a exposição estrogénica, causadoras de morbilidade, mortalidade e diminuição da qualidade de vida. Desenvolvimento: A literatura publicada e revista neste trabalho, não é unânime quanto à existência de associação entre os polimorfismos avaliados e a susceptibilidade para doenças ginecológicas, como os leiomiomas uterinos, a endometriose e os cancros da mama, do endométrio e do ovário, ou a parâmetros clínicos como idade da menarca, idade da menopausa ou a resposta à estimulação ovárica em técnicas de reprodução medicamente assistida; sendo os resultados apresentados, por vezes mesmo contraditórios. Comparando artigos em que se afirma a existência de uma associação, o grau de evidência desta relação e o seu significado clínico, é também variável. Conclusões: Parece haver uma associação entre variações genéticas dos receptores de estrogénios e um aumento de susceptibilidade para algumas doenças. No entanto, serão necessários mais estudos para que o papel destes polimorfismos seja clarificado. A clarificação da etiologia genética destas doenças ou da influência destes polimorfismos em parâmetros clínicos, pode tornar estes polimorfismos importantes marcadores de susceptibilidade, facilitando a identificação de indivíduos em risco e no futuro, permitir o desenvolvimento de terapêuticas dirigidas. |
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