A centralidade da geografia: dos conceitos às práticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/40275 |
Resumo: | Em 2013, por altura do 25º Aniversário da Associação Portuguesa de Geógrafos, publiquei na revista Inforgeo um pequeno ensaio que intitulei “Continuamos a procurar a Geografia: o que é e para que serve”. As preocupações e os desafios permanecem, noutros tempos e noutros espaços. A contemporaneidade favoreceu a centralidade dos saberes geográficos: do ordenamento do território às ciências, às artes, à filosofia, observa-se o fascínio por conceitos como os de fronteira, viagem, nomadismo, margem, inclusão e exclusão, que de há muito também fazem parte da gramática geográfica. A partir do desafio que é colocado no texto de apresentação do congresso, a exigir “o contínuo repensar da geografia”, para atingir o melhor entendimento da “concretude do mundo”, apoiamo-nos nos eixos temáticos propostos como áreas de trabalho para organizar nossa intervenção em quatro pontos que, no fundo, se poderão resumir a quatro ideias morais que têm intermediado meu trabalho da geografia para sua práxis: (1) Espaço-tempo-inovação: onde se fala de Hägerstrand e da remota aldeia de Palaçoulo (Trás-os-Montes, Portugal); (2) A luta pela terra: onde se fala da essência da geografia e da reforma agrária no Alentejo (sul de Portugal), das unidades coletivas de produção ao leanfarming; (3) O planeamento e a gestão urbanística como instrumentos da segmentação social da cidade: onde se fala da Área Metropolitana de Lisboa e de novos movimentos sociais urbanos; e (4) Da necessidade da Geografia recuperar o seu território: onde se fala de natureza, ambiente, comer, beber, homem, mulher (Ang Lee: yin, shi, nan, nu: 飲食男女). |
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A centralidade da geografia: dos conceitos às práticasLa centralidad de la geografía: de los conceptos a la prácticaThe Centrality of Geography: from concepts to practisesOrdenamento do territórioEspaçoTempoReforma agráriaGeografia aplicadaPortugalEm 2013, por altura do 25º Aniversário da Associação Portuguesa de Geógrafos, publiquei na revista Inforgeo um pequeno ensaio que intitulei “Continuamos a procurar a Geografia: o que é e para que serve”. As preocupações e os desafios permanecem, noutros tempos e noutros espaços. A contemporaneidade favoreceu a centralidade dos saberes geográficos: do ordenamento do território às ciências, às artes, à filosofia, observa-se o fascínio por conceitos como os de fronteira, viagem, nomadismo, margem, inclusão e exclusão, que de há muito também fazem parte da gramática geográfica. A partir do desafio que é colocado no texto de apresentação do congresso, a exigir “o contínuo repensar da geografia”, para atingir o melhor entendimento da “concretude do mundo”, apoiamo-nos nos eixos temáticos propostos como áreas de trabalho para organizar nossa intervenção em quatro pontos que, no fundo, se poderão resumir a quatro ideias morais que têm intermediado meu trabalho da geografia para sua práxis: (1) Espaço-tempo-inovação: onde se fala de Hägerstrand e da remota aldeia de Palaçoulo (Trás-os-Montes, Portugal); (2) A luta pela terra: onde se fala da essência da geografia e da reforma agrária no Alentejo (sul de Portugal), das unidades coletivas de produção ao leanfarming; (3) O planeamento e a gestão urbanística como instrumentos da segmentação social da cidade: onde se fala da Área Metropolitana de Lisboa e de novos movimentos sociais urbanos; e (4) Da necessidade da Geografia recuperar o seu território: onde se fala de natureza, ambiente, comer, beber, homem, mulher (Ang Lee: yin, shi, nan, nu: 飲食男女).En 2013, con motivo del 25 aniversario de la Asociación Portuguesa de Geógrafos, he publicado en la revista Inforgeo un pequeño ensayo titulado: Seguimos buscando la geografía: lo que es y lo que hace. Las preocupaciones y los retos permanecen, en otros tiempos y otros espacios. El contemporáneo favoreció la centralidad del conocimiento geográfico: ciencias de la ordenación del territorio, a las ciencias, a las artes, la filosofía, se observa la fascinación por conceptos como frontera, viajen, nómada, margen, inclusión y exclusión, conceptos hace tiempo que también forma parte de la gramática geográfica. Desde el reto que se coloca en el texto de presentación de este congreso , que requiere “replanteamiento continuo de geografía”, para lograr una mejor comprensión de la “concreción del mundo”, nos apoyamos en las áreas temáticas propuestas como áreas de trabajo para organizar nuestra intervención, que se resume en cuatro puntos: (1) Espacio-tiempo-innovación: donde se trata de Hägerstrand y la remota aldea de Palaçoulo (Tras-os-Montes, Portugal); (2) La batalla por la Tierra: donde se habla de la esencia de la Geografía y la Reforma Agraria en el Alentejo (sur de Portugal),de las unidades de producción colectivas al leanfarming; (3) Planificación y Gestión Urbana como instrumentos de segmentación social de la ciudad: en el que habla de la Zona Metropolitana de Lisboa y los nuevos movimientos sociales urbanos; (4) La necesidad de Geografía recuperar su territorio: de dónde viene la naturaleza, el medio ambiente, comer, beber, hombre, mujer (Ang Lee: yin, shi, nan, nu: 飲食男女).In 2013, on the occasion of the 25th anniversary of the Portuguese Association of Geographers, we published, in the journal Inforgeo, a small essay entitled: We continue to seek Geography: what is it and what is it for. The concerns and challenges remain, in other times and other spaces. Contemporaneity has favoured the centrality of geographical knowledge: from spatial planning to sciences, arts, philosophy, there is the fascination with concepts such as the border, travel, nomadism, margin, inclusion and exclusion, concepts that long since are also part of the geographical grammar. From the challenge placed in the congress presentation text, requiring “the continuous rethinking of Geography”, in order to achieve a better understanding of the “concreteness of the World”, we have supported ourselves in the thematic axis proposed as working areas to organize our intervention, which is summarized in four topics: (1) Space-time-innovation: where it speaks of Hägerstrand and the remote village of Palaçoulo (Trás-os-Montes, Portugal); (2) The struggle for Land: where it speaks of the essence of Geography and of the Agrarian Reform in Alentejo (South of Portugal), from the collective production units to Leanfarming; (3) Planning and Urban Management as instruments of the city’s social segmentation: where it speaks of the Metropolitan Area of Lisbon and the new urban social movements; (4) The need of Geography to reclaim its territory: where it speaks of nature, environment, eating, drinking, man, and woman (Ang Lee: yin, shi, nan, nu: 飲食男女).USPRepositório da Universidade de LisboaGaspar, Jorge2019-11-26T13:01:27Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/40275porGaspar, J. M. B.(2015). A centralidade da geografia: dos conceitos às práticas. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 19, n. 2, p. 183-1955. ISSN 2179-0892.2179-0892info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:39:28Zoai:repositorio.ul.pt:10451/40275Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:53:58.150460Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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