As Nações Unidas e a Governança Global

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, João Pedro Ferreira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5777
Resumo: A complexidade da área das Relações Internacionais cria gradualmente renovadas dinâmicas teóricas e práticas para abordar os desafios colocados através das relações entre os atores internacionais. Seria uma observação utópica não vislumbrar o Sistema Internacional como uma estrutura anárquica caracterizada por processos constantes de mutação e imprevisibilidade que progressivamente, assente em bases teóricas, são moldados numa tentativa ideal de aproximação a uma dinâmica reguladora. Essa transposição para uma matriz capacitada em regular o Sistema Internacional assume-se como uma transição crítica, da conceção do Estado Vestefaliano, à construção dos primeiros modelos cooperativos, como a elaboração da Sociedade das Nações e posteriormente as Nações Unidas. A Organização das Nações Unidas surge nessa perspetiva como um mecanismo de regulação do Sistema Internacional, numa linha temporal marcada pela recuperação do idealismo liberal, e pela emergência de novas dinâmicas multidimensionais, que compeliam as Nações Unidas a assumir a tutela da Governança Global, cooperativa e participativa. Depois de setenta anos da sua criação, terão as Nações Unidas acompanhado as necessidades do Sistema Internacional? Que dinâmicas devem ser implantadas no processo de reforma das Nações Unidas para a estruturação de uma Governança Global efetiva? Esta investigação procura elucidar a evolução deste Organismo, concentrando-se nas dinâmicas endógenas e exógenas que conduziram a uma reconfiguração do multilateralismo e simultaneamente apresentar sugestões de reforma da organização com vista à Governança Global. Partindo do Idealismo Wilsoniano para a discussão epistemológica em torno da governança global, é discutida a transferência do poder e legitimidade do Estado para uma estrutura de interdependência na configuração funcional da Governança Global. Conclui-se que a Organização das Nações Unidas apresenta, ainda, algumas fragilidades num Sistema Internacional cada vez mais complexo, colocando em evidência a necessidade de adotar reformas para responder a essa complexidade.
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