Os microorganismos orais e o oraloma da diabetes tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Patrícia Maria Iria
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/13791
Resumo: Os estudos experimentais no âmbito da proteómica de tecidos orais fornecem-nos dados que permitem compreender os mecanismos moleculares, os perfis de expressão proteica, a sua regulação, a presença de modificações pós-tradução e as vias de sinalização modificadas na Diabetes Melitos tipo 2. O presente trabalho tem como objetivo verificar a relação das proteínas microbianas existentes na cavidade oral de pacientes com Diabetes Melitos tipo 2 com o estado de glicosilação das proteínas salivares humanas e a sua relação com a etiologia desta doença e das suas complicações. A catalogação das proteínas orais alteradas no paciente diabético tipo 2 permitiu adicionar 39 proteínas à base de dados do OralCard. A caracterização funcional do Oraloma da DMT2 permitiu identificar alterações estatisticamente significativas (p≤0,05) em determinadas vias de sinalização, processos biológicos e funções moleculares das proteínas orais da DMT2. No que concerne ao microbioma oral da DMT2, verificou-se existir escassez de estudos experimentais dirigidos para a sua identificação. No entanto, a partir dos estudos disponíveis foi possível identificar a Candida glabrata e a Candida tropicalis exclusivamente na diabetes, em determinados habitats. A análise interactómica realizada permitiu verificar que existe um elevado número de proteínas microbianas que interagem com um relativamente reduzido número de proteínas orais humanas, sendo que a fibronectina é a proteína humana da DMT2 que possui a maior rede de interações com proteínas produzidas por microrganismos orais. O género em que existe maior produção de proteínas que interagem com proteínas humanas da DMT2 é Streptococcus. Esta análise do proteoma oral poderá permitir o estabelecimento de alvos para futuros estudos experimentais, identificar novas formas de intervenção clínica na Diabetes ou compreender os mecanismos moleculares que levam às complicações orais e sistémicas desta doença
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