Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Nina
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/1165
Resumo: A jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de subcapitalização sofreu uma alteração radical entre a decisão do caso Lankhorst, em Dezembro de 2002, e a decisão do caso Thin Cap GLO, em Março de 2007. Pela primeira, o tribunal declarou incompatível com o direito comunitário a norma alemã sobre subcapitalização que estabelecia, à semelhança da norma portuguesa então vigente, uma presunção de prática abusiva de subcapitalização para os casos em que o endividamento de uma entidade residente para com uma entidade não residente com a qual tivesse relações especiais ultrapassasse determinado limite. Na segunda, o tribunal considera que uma norma deste tipo pode ser compatível com o direito comunitário, desde que actue selectivamente sobre os casos de prática abusiva de subcapitalização, que dê ao contribuinte uma possibilidade efectiva, sem o submeter a exigências excessivas, de demonstrar as razões económicas da operação e desde que a penalização associada ao regime respeite o princípio da proporcionalidade. Mas além disso, o tribunal considera agora que a apreciação de compatibilidade de uma norma sobre subcapitalização com o direito comunitário tem de ser relativizada em função da evolução da jurisprudência, pelo que antes da sentença Lankhorst uma norma como a portuguesa não violava o Tratado CE.
id RCAP_7ed6f25d5b95b870c0bfb23056acffb2
oai_identifier_str oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/1165
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitárioSubcapitalizaçãoImposto sobre lucrosPrincípio de não discriminaçãoJurisprudência comunitáriaA jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de subcapitalização sofreu uma alteração radical entre a decisão do caso Lankhorst, em Dezembro de 2002, e a decisão do caso Thin Cap GLO, em Março de 2007. Pela primeira, o tribunal declarou incompatível com o direito comunitário a norma alemã sobre subcapitalização que estabelecia, à semelhança da norma portuguesa então vigente, uma presunção de prática abusiva de subcapitalização para os casos em que o endividamento de uma entidade residente para com uma entidade não residente com a qual tivesse relações especiais ultrapassasse determinado limite. Na segunda, o tribunal considera que uma norma deste tipo pode ser compatível com o direito comunitário, desde que actue selectivamente sobre os casos de prática abusiva de subcapitalização, que dê ao contribuinte uma possibilidade efectiva, sem o submeter a exigências excessivas, de demonstrar as razões económicas da operação e desde que a penalização associada ao regime respeite o princípio da proporcionalidade. Mas além disso, o tribunal considera agora que a apreciação de compatibilidade de uma norma sobre subcapitalização com o direito comunitário tem de ser relativizada em função da evolução da jurisprudência, pelo que antes da sentença Lankhorst uma norma como a portuguesa não violava o Tratado CE.Vida EconómicaBiblioteca Digital do IPBAguiar, Nina2009-04-29T15:39:58Z200820082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/1165porporAguiar, Nina (2008). Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário. Revista Fiscal. 11, p.7-13Revista Fiscalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:04:33Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/1165Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:54:43.686331Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
title Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
spellingShingle Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
Aguiar, Nina
Subcapitalização
Imposto sobre lucros
Princípio de não discriminação
Jurisprudência comunitária
title_short Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
title_full Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
title_fullStr Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
title_full_unstemmed Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
title_sort Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário
author Aguiar, Nina
author_facet Aguiar, Nina
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Biblioteca Digital do IPB
dc.contributor.author.fl_str_mv Aguiar, Nina
dc.subject.por.fl_str_mv Subcapitalização
Imposto sobre lucros
Princípio de não discriminação
Jurisprudência comunitária
topic Subcapitalização
Imposto sobre lucros
Princípio de não discriminação
Jurisprudência comunitária
description A jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de subcapitalização sofreu uma alteração radical entre a decisão do caso Lankhorst, em Dezembro de 2002, e a decisão do caso Thin Cap GLO, em Março de 2007. Pela primeira, o tribunal declarou incompatível com o direito comunitário a norma alemã sobre subcapitalização que estabelecia, à semelhança da norma portuguesa então vigente, uma presunção de prática abusiva de subcapitalização para os casos em que o endividamento de uma entidade residente para com uma entidade não residente com a qual tivesse relações especiais ultrapassasse determinado limite. Na segunda, o tribunal considera que uma norma deste tipo pode ser compatível com o direito comunitário, desde que actue selectivamente sobre os casos de prática abusiva de subcapitalização, que dê ao contribuinte uma possibilidade efectiva, sem o submeter a exigências excessivas, de demonstrar as razões económicas da operação e desde que a penalização associada ao regime respeite o princípio da proporcionalidade. Mas além disso, o tribunal considera agora que a apreciação de compatibilidade de uma norma sobre subcapitalização com o direito comunitário tem de ser relativizada em função da evolução da jurisprudência, pelo que antes da sentença Lankhorst uma norma como a portuguesa não violava o Tratado CE.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008
2008
2008-01-01T00:00:00Z
2009-04-29T15:39:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10198/1165
url http://hdl.handle.net/10198/1165
dc.language.iso.fl_str_mv por
por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Aguiar, Nina (2008). Breve nota sobre as regras de subcapitalização portuguesas e a sua articulação com o direito comunitário. Revista Fiscal. 11, p.7-13
Revista Fiscal
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Vida Económica
publisher.none.fl_str_mv Vida Económica
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799135146684710912