Siza Vieira em Évora: revisitar uma experimentação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/3393 |
Resumo: | O projecto experimental de Siza em Évora- o Bairro da Malagueira (casas em banda com telhado em terraço) -, pela sua dimensão (1200 casas), duração (1977 -2000), inovação em termos de tipologias de habitat e morfologia urbana, e consequentes implicações ideológicas e políticas, é objecto de uma pesquisa e avaliação sócio-arquitectónica. Os resultados desta pesquisa revelam que, entre uma posição racionalista e um cuidado pela arquitectura da casa, o compromisso de Siza permitiu, por um lado, criar um bairro com uma forte identidade e, por outro, respeitar os modos de habitar numa casa. Apesar da sua densidade e contiguidade, as casas da Malagueira possuem dois dos pré-requisitos que distinguem o habitat individual do habitat colectivo: uma entrada autónoma e ausência de vizinhos, quer em cima quer em baixo. Esta pesquisa salienta igualmente a importância, nesta habitação, de uma variável de importância aparentemente menor: o muro do pátio. A variação da sua altura opõe dois tipos de pátio: de um muro elevado resulta um pátio fechado e íntimo voltado para a casa, enquanto que um muro baixo dá origem a um pátio aberto que expõe a casa à rua. Em contrapartida, a rudeza do acabamento do "aqueduto" (galerias de infra-estruturas- às quais Siza quis conferir um papel simbólico na unificação do bairro) e a não conclusão dos espaços públicos e equipamentos inicialmente projectados por Siza consumam algumas fragilidades, diminuindo o prestígio de um bairro que permanece um complexo residencial periférico. |
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