A criação de emprego é suficiente para combater a pobreza na União Europeia? Reflexões sobre a Estratégia de Lisboa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveirinha, Maria Helena dos Reis
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/1152
Resumo: A Estratégia de Lisboa renovada centra a aposta da União Europeia no crescimento e no emprego, para atingir uma maior competitividade, mas também para reforçar a coesão social por essa via. Nesta dissertação de mestrado em Economia e Politicas Publicas, o que se pretende analisar e se a criação de emprego constitui o factor decisivo para combater a pobreza a escala europeia. Para tal, estudou-se o percurso feito, de 1995 a 2005, pelos Estados-membros da UE15. O crescimento do emprego não parece exercer influencia estatisticamente significativa nas taxas de risco de pobreza, antes e após as transferências sociais. No domínio do emprego, apenas a taxa de desemprego de longa duração emerge como factor explicativo secundário do fenómeno da pobreza. Maior influência parece exercer o nível de escolaridade dos jovens. Contudo, o grande contributo explicativo para as taxas de risco de pobreza, antes e após as transferências sociais, e dado pelo abandono escolar precoce, associado ao crescimento do emprego e a taxa de desemprego de longa duração. Relativamente a diferenciação entre os Estados-membros, distribuídos por distintos regimes de welfare state, e atendendo a evolução registada no período, verifica-se, no período, uma relativa homogeneização estrutural. Ao mesmo tempo, assiste-se a uma aparente reorganização dos modelos de protecção social consagrados na literatura (escandinavo, continental, anglo-saxónico e do Sul europeu). Neste estudo, foram utilizadas técnicas estatísticas diversas, incluindo a análise de clusters e a regressão.
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