O parêntesis - as casas de Alcino Soutinho entre 1980 e 1990
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/11853 |
Resumo: | As quatro moradias que Alcino Soutinho desenhou entre 1980 e 1990 são um vívido testemunho dum momento particular na sua carreira, em que o autor se desviou das escolhas estilísticas consensuais e seguras, e se entregou a explorações lúdicas da linguagem arquitetónica. Circunstâncias profissionais, económicas, políticas e culturais, inseridas entre o final da década de 1970 e o começo da de 1990, confluíram para permitir essa divagação, de que a Casa Filipe Grade (1980), a Pinto de Sousa (1984), a Joaquim Matias (1987) e a Carlos Vidal (1990) são uma ilustração no campo da residência unifamiliar. Tendo Alcino Soutinho sempre (ou pelo menos a partir desse momento) desvalorizado as catalogações e teorizações estilísticas, a análise destas obras – cotejada com declarações do arquiteto e avaliações coetâneas do seu trabalho e das correntes do momento – revela quão claramente estes projetos incorporam o espírito do movimento pós-moderno, inclusive nessa própria e provocatória desconfiança sobre a validade concetual dos movimentos arquitetónicos. |
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O parêntesis - as casas de Alcino Soutinho entre 1980 e 1990Alcino Soutinhohabitação unifamiliar1980sPós-ModernismoSingle-family housingPost-ModernismAs quatro moradias que Alcino Soutinho desenhou entre 1980 e 1990 são um vívido testemunho dum momento particular na sua carreira, em que o autor se desviou das escolhas estilísticas consensuais e seguras, e se entregou a explorações lúdicas da linguagem arquitetónica. Circunstâncias profissionais, económicas, políticas e culturais, inseridas entre o final da década de 1970 e o começo da de 1990, confluíram para permitir essa divagação, de que a Casa Filipe Grade (1980), a Pinto de Sousa (1984), a Joaquim Matias (1987) e a Carlos Vidal (1990) são uma ilustração no campo da residência unifamiliar. Tendo Alcino Soutinho sempre (ou pelo menos a partir desse momento) desvalorizado as catalogações e teorizações estilísticas, a análise destas obras – cotejada com declarações do arquiteto e avaliações coetâneas do seu trabalho e das correntes do momento – revela quão claramente estes projetos incorporam o espírito do movimento pós-moderno, inclusive nessa própria e provocatória desconfiança sobre a validade concetual dos movimentos arquitetónicos.The four houses that Alcino Soutinho designed between 1980 and 1990 remain a vivid testimony of a particular moment in his career, during which the author veered away from safe and uncontroversial style options and embarked on a playful exploration of architectural language. Professional, economic, political and cultural circumstances, bracketed between the late 1970s and the beginning of the 1990s, converged to allow for such creative digression, of which the residences Filipe Grade (1980), Pinto de Sousa (1984), Joaquim Matias (1987) and Carlos Vidal (1990) are an illustration, in the field of single-family housing. Even though Alcino Soutinho always (or at least from that moment on) dismissed the importance of stylistic labelling and the theoretical speculation that accompanies it, a close review of these designs – paired with his own statements and with contemporary appraisals of his work and of the tendencies of the time – reveals how clearly these houses embody the spirit of the post-modern trends, and not least of all for that very provocative intellectual scepticism about all architectural movements.Publicações Fundação Fernando PessoaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSilva, Ilídio2023-05-18T16:07:06Z2022-122022-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/11853porA Obra Nasce: revista de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Fernando Pessoa. Porto. ISSN 2183-427X. 15 (dez. 2022) p. 57-67.2183-427Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-23T02:01:31Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/11853Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:54:19.019239Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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