A violência bidirecional em relações de intimidade : uma revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/12663 |
Resumo: | A violência em relações de intimidade é um problema de saúde pública com consequências significativas a diversos níveis. A literatura ao longo dos anos tem vindo a atestar que a maioria da violência não é unidirecional, e perpetrada pelo homem contra a mulher, mas sim bidirecional, em que os elementos da relação podem ser vítimas, perpetradores ou ambos. Nesta revisão sistemática da literatura, objetivamos sistematizar o conhecimento empírico de modo a aferir a prevalência da violência bidirecional, os tipos de violência mais reportados e a influência do sexo e da orientação sexual neste fenómeno. A pesquisa foi elaborada em quatro bases de dados, tendo sido incluídos estudos que apresentassem a prevalência de violência bidirecional em amostras com idade superior a 18 anos; em que os artigos estivessem escritos em português ou inglês e publicados entre o ano de 2012 a 2020. Na síntese qualitativa foram incluídos 38 estudos empíricos. Os resultados obtidos demonstraram que a violência bidirecional é o padrão de violência mais comum, sendo a violência psicológica o tipo de violência bidirecional mais reportada; homens e mulheres reportaram violência bidirecional em percentagens semelhantes; e casais homossexuais reportaram percentagens mais elevadas de violência bidirecional. Estes resultados contrariam a perspetiva patriarcalista da violência que atribui a exclusividade de papéis à mulher enquanto vítima e ao homem enquanto agressor, demonstrando-nos que a violência ocorre independentemente do sexo ou da orientação sexual. As implicações práticas e direções futuras ao nível das políticas públicas de forma a dar visibilidade ao fenómeno serão devidamente apresentadas. |
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A violência bidirecional em relações de intimidade : uma revisão sistemáticaMESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSEPSICOLOGIAVIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE INTIMIDADEREVISÃO BIBLIOGRÁFICAPSYCHOLOGYINTIMATE PARTNER VIOLENCEBIBLIOGRAPHIC REVIEWA violência em relações de intimidade é um problema de saúde pública com consequências significativas a diversos níveis. A literatura ao longo dos anos tem vindo a atestar que a maioria da violência não é unidirecional, e perpetrada pelo homem contra a mulher, mas sim bidirecional, em que os elementos da relação podem ser vítimas, perpetradores ou ambos. Nesta revisão sistemática da literatura, objetivamos sistematizar o conhecimento empírico de modo a aferir a prevalência da violência bidirecional, os tipos de violência mais reportados e a influência do sexo e da orientação sexual neste fenómeno. A pesquisa foi elaborada em quatro bases de dados, tendo sido incluídos estudos que apresentassem a prevalência de violência bidirecional em amostras com idade superior a 18 anos; em que os artigos estivessem escritos em português ou inglês e publicados entre o ano de 2012 a 2020. Na síntese qualitativa foram incluídos 38 estudos empíricos. Os resultados obtidos demonstraram que a violência bidirecional é o padrão de violência mais comum, sendo a violência psicológica o tipo de violência bidirecional mais reportada; homens e mulheres reportaram violência bidirecional em percentagens semelhantes; e casais homossexuais reportaram percentagens mais elevadas de violência bidirecional. Estes resultados contrariam a perspetiva patriarcalista da violência que atribui a exclusividade de papéis à mulher enquanto vítima e ao homem enquanto agressor, demonstrando-nos que a violência ocorre independentemente do sexo ou da orientação sexual. As implicações práticas e direções futuras ao nível das políticas públicas de forma a dar visibilidade ao fenómeno serão devidamente apresentadas.Intimate partner violence is a public health problem with significant consequences at various levels. The literature over the years has attested that most violence is not unidirectional, and perpetrated by the man against the woman, but rather bidirectional, where the elements of the relationship can be victims, perpetrators, or both. In this systematic literature review, we aimed to systematize the empirical knowledge to assess the prevalence of bidirectional violence, the most reported types of violence, and the influence of gender and sexual orientation on this phenomenon. The search was elaborated in four databases, and studies were included that presented the prevalence of bidirectional violence in samples over the age of 18; where the articles were written in Portuguese or English and published between the year 2012 to 2020. In the qualitative synthesis, 38 empirical studies were included. Results showed that bidirectional violence is the most common pattern of violence, with psychological violence being the most commonly reported type of bidirectional violence; men and women reported bidirectional violence in similar percentages; and homosexual couples reported higher percentages of bidirectional violence. These results contradict the patriarchalist view of violence that assigns exclusive roles to women as victims and men as aggressors, showing us that violence occurs regardless of gender or sexual orientation. The practical implications and future directions at the public policy level to give visibility to the phenomenon will be duly presented.2022-02-14T17:13:07Z2021-01-01T00:00:00Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/12663TID:202918971porSousa, Catarina Alexandra Alegria deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:03:15Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/12663Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:11:27.572690Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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