The EU engagement in protracted crises : towards a comprehensive approach?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Deneckere, Matthias
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Hauck, Volker, Barrios, Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/32143
Resumo: O Empenhamento da União Europeia em Crises Estruturais: no Caminho de uma Abordagem Abrangente? Situações de crise estrutural prolongam-se por décadas e resultam de uma combinação de fatores como conflitos violentos, desastres naturais, pobreza, escassez de recursos naturais, fragilidade institucional e limitadas oportunidades económicas. Estas crises concatenam necessidades urgentes com vulnerabilidades estruturais, requerendo uma abordagem abrangente que reúna diferentes atores e comunidades políticas sob uma única liderança, centrada num objetivo comum promotor da estabilidade, resiliência e desenvolvimento. Este artigo questiona se a União Europeia (UE) se encontra bem posicionada para responder de uma forma holística a crises estruturais, examinando de uma forma detalhada os instrumentos financeiros da UE e considerando o papel específico dos Estados-membros. Nele se observa a presença de um vasto conjunto de instrumentos e mecanismos disponíveis, que permitem à União Europeia gerir uma variedade de desafios associados às crises estruturais e prosseguir uma diversidade de objetivos, em horizontes temporais de curta e longa duração. Contudo, a sua abrangência encontra-se limitada pela fragmentação dos processos de decisão da União, pela sua incoerência estratégica e pela sobreposição de mandatos. As instituições europeias têm desenvolvido sérios esforços para ultrapassar estas limitações, incluindo a harmonização de conceitos e estratégias, de mecanismos de coordenação e a troca de informação ao nível político e operacional, permitindo o desenvolvimento de respostas colaborativas. Porém as soluções técnicas apenas geram resultados limitados, em particular na ausência de uma clara liderança política capaz de orientar a ação externa da União como um todo.
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