Artefactos da Idade do Bronze da região de Chaves

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, João Luís
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Vilaça, Raquel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/2357
Resumo: Estudam-se sete machados metálicos, seis deles de bronze, recolhidos desde o século XIX no aro de Chaves e um de Sapiãos, concelho de Boticas, provavelmente de cobre. O de Sapiãos é um machado plano, cuja tipologia remete para o III milénio/inícios do II milénio a.C., embora se deva registrar a ocorrência de exemplares idênticos aos calcolíticos em contextos tardios, do Bronze Final, como é o caso do chamado “tesouro de Baleizão” (Beja). Os exemplares recolhidos no aro de Chaves, embora sem localização precisa, evidenciam a importância da actividade mineira e metalúrgica na região, no decurso da Idade do Bronze, na sequência da registada já no Calcolítico, reforçando assim a conclusão já indicada pelos exemplares conhecidos. O conjunto agora dado a conhecer é constituído pelos seguintes exemplares: três machados do tipo vulgarmente designado Bujões/Barcelos; raro exemplar do tipo Reguengo Grande, pertencente a variante para a qual Luis Monteagudo refere apenas uma ocorrência, no castro de Vilaboa (Pontevedra); dois exemplares de talão e argolas, conservando os cones de fundição e produzidos a partir do mesmo molde, configurando uma origem comum, tal como a dos dois exemplares anteriormente referidos. Embora não se saiba a localização precisa de quase nenhum destes machados, com excepção dos dois exemplares recolhidos junto à capela de Santa Marta, perto da povoação de Lama de Arcos (concelho de Chaves), pode concluir-se que os dois machados de talão e argolas agora dados a conhecer integrariam um depósito, juntando-se assim aos depósitos de Vilela Seca e de Outeiro Seco, já conhecidos desde a década de 1940 pelos trabalhos de J. S. P. de Villas-Bôas, os quais integravam, também, cada um, dois machados de talão e argolas. Idêntica conclusão pode aplicar-se a dois dos machados de tipo Bujões/Barcelos dados como provenientes de S. Lourenço, pelas semelhanças morfológicas que entre si evidenciam, situação que também se encontra registada na bibliografia, e de que é paradigma o depósito de Agro Velho (Montalegre), constituído por cinco exemplares do referido tipo.
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