A fortuna ao serviço da salvação da alma, da família e da memória, através dos testamentos dos arcebispos e dignatários de Braga na Idade Média (séculos XII-XV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Elisa Maria Domingues da Costa
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/4418
Resumo: O alto clero bracarense medieval encarou os bens materiais como uma manifestação da benção divina e do poder temporal. Preocupado com o destino da sua riqueza, dispôs dela em testamento. Num primeiro momento, este artigo mostra que parte considerável da fortuna individual foi aplicada a favor da alma, na preparação cuidada da sepultura, nas cerimónias de enterramento e nos sufrágios post mortem. Numa segunda parte, demonstra-se que a família (conceito que abrange parentela e protegidos) não foi esquecida, tendo os clérigos valorizado a propriedade vinculada e a figura do herdeiro universal, preferencialmente também clérigo. Por fim, conclui-se que a disposição de bens por testamento foi uma forma privilegiada de fazer perdurar a memória do testador, de demonstrar poder e riqueza, enfim, de manter, para além das barreiras do tempo, uma imagem individual no seio de uma colectividade.
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