Fazer uma história da própria vida. Narrativa pessoal e memória comunicativa em Paul Schatz im Uhrenkasten, de Jan Koneffke

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Anabela Valente
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/8748
Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão sobre as noções de identidade e narrativa pessoal, tópicos que se encontram estreitamente relacionados com a capacidade de auto-representação de um sujeito. Tendo em conta que a auto-representação é necessariamente elaborada a partir de processos de rememoração, a questão da memória enquanto elemento que directamente influencia a formação identitária torna-se num tópico emergente. Com este objectivo em mente, sublinharei a importância da noção de continuidade biográfica, da capacidade de elaboração de uma narrativa pessoal, enquanto prerrogativa essencial para que o sujeito alcance um sentido de coerência e coesão identitárias. Por outro lado, argumentarei que não serão apenas as memórias resultantes da experiência do sujeito a contribuir para o processo da sua formação identitária; no caso concreto das gerações pós-Holocausto, as narrativas recebidas do passado, memórias transmitidas quer de forma simbólica, quer através dos elementos mais velhos do grupo – o que entretanto designamos de “pós-memória” – também influenciam o mapa identitário de um sujeito. Este enquadramento teórico será ilustrado com base no romance Paul Schatz im Uhrenkasten, do escritor alemão de segunda-geração Jan Koneffke.
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spelling Fazer uma história da própria vida. Narrativa pessoal e memória comunicativa em Paul Schatz im Uhrenkasten, de Jan KoneffkeIdentidade, (Pós)memória, Memória comunicativa, Representação do Holocausto, VergangenheitsbewältigungO presente trabalho propõe uma reflexão sobre as noções de identidade e narrativa pessoal, tópicos que se encontram estreitamente relacionados com a capacidade de auto-representação de um sujeito. Tendo em conta que a auto-representação é necessariamente elaborada a partir de processos de rememoração, a questão da memória enquanto elemento que directamente influencia a formação identitária torna-se num tópico emergente. Com este objectivo em mente, sublinharei a importância da noção de continuidade biográfica, da capacidade de elaboração de uma narrativa pessoal, enquanto prerrogativa essencial para que o sujeito alcance um sentido de coerência e coesão identitárias. Por outro lado, argumentarei que não serão apenas as memórias resultantes da experiência do sujeito a contribuir para o processo da sua formação identitária; no caso concreto das gerações pós-Holocausto, as narrativas recebidas do passado, memórias transmitidas quer de forma simbólica, quer através dos elementos mais velhos do grupo – o que entretanto designamos de “pós-memória” – também influenciam o mapa identitário de um sujeito. Este enquadramento teórico será ilustrado com base no romance Paul Schatz im Uhrenkasten, do escritor alemão de segunda-geração Jan Koneffke.Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto2012-07-19T10:23:15Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/8748por1645-1937Simões, Anabela Valenteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T03:42:26Zoai:ria.ua.pt:10773/8748Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T03:42:26Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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